Negociar os talentos e servir aos co-servos

12/03/2012 13:01

 

A segunda parábola de Mateus, no capítulo 25, é sobre os talentos: "Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então, partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois" (vs. 14-17). Os talentos representam os dons espirituais que ganhamos quando recebemos a vida divina. Os dons que cada um recebeu segundo a capacidade que Deus lhe deu devem ser usados para trazer "lucro espiritual" para o Senhor. Nossos dons devem ser exercitados ate que se tornem ministérios pessoais. E com base em nossos ministérios pessoais que Deus pode nos confiar Seu ministério.
 
Como reagiram os que receberam os talentos? 
Aquele que recebera cinco, começou imediatamente a negociá-los e ganhou outros cinco para seu senhor. O mesmo fez o que recebera dois talentos. Mas o que tinha recebido um talento abriu uma cova e ali escondeu o dinheiro de seu senhor (v. 18). Foi por isso repreendido por ele, que o considerou mau e negligente (Mt 25:26), pois bastava entregar o dinheiro aos banqueiros para que, pelo menos, rendesse juros (v. 27). Assim, a pedido daquele senhor, o servo inútil foi lançado para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes (v. 30). Isso significa que ele não participara da gloria do reino milenar: passara mil anos se lamentando de sua atitude e sendo amadurecido para a eternidade futura.
 
 
[...] Ao voltar da viagem, o senhor disse aquele que receber cinco talentos: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor". Da mesma forma se deu com o que recebera dois talentos (vs. 21, 23). Se formos fieis hoje no exercício de nossa função na obra do Senhor, mesmo sendo fieis no pouco, Ele nos colocara sobre o muito, isto é, participaremos de Seu reino governando sobre as nações.
 
[...] Ha, porem, outro nível de servo que devemos anelar ser. No capitulo 24 de Mateus o Senhor Jesus disse: "Quem e, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus co-servos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens" (vs. 45-47). Alem de nos preocupar com o crescimento de vida e com o serviço diante do Senhor, devemos também cuidar das pessoas. Deus é amor: Ele deu Seu Filho unigênito para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). E nós, uma vez salvos, precisamos servir fielmente o Senhor apascentando com amor Seus cordeiros e ovelhas (Jo 21:15-17).
O servo prudente é aquele que nega a si mesmo e vive no espírito, isto é, vive em constante comunhão com o Senhor e sensível ao coração de Deus. Ele é aquele que tem revelação da Palavra e que a pratica imediatamente, a fim de promover o encargo do Senhor. Deus hoje deseja ter servos fieis e prudentes que cuidem dos outros servos. Um servo fiel e prudente aperfeiçoa outros; desse modo, ele se torna um multiplicador de servos fieis e prudentes.
[...] Quando o Senhor voltar, confiara todos os Seus bens aqueles que já tem por pratica cuidar de outros servos Seus. Lembre-se de que Ele prometeu colocar o servo bom e fiel sobre o muito, mas, ao servo fiel e prudente, o Senhor confiara todos os Seus bens, isto e, ele cuidara daqueles que governarão com o Senhor sobre a terra. Se hoje apascentamos e pastoreamos nossos co-servos, se aperfeiçoamos cada um ate que se torne também servo fiel e prudente, então estaremos aptos para cuidar dos que reinarão com Cristo.
 
 
Autor: Dong Yu Lan
Livro “Os Perigos do Lado Bom da Alma”. 1ª Edição. EAV.São Paulo-SP