A REALIDADE DA PÁSCOA

A REALIDADE DA PÁSCOA

A Páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas (Êxodo, cap. 12). Na sua instituição, a maneira de observar a Páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito devia ser o primeiro mês do ano sagrado, e no décimo-quarto dia desse mês, devia os israelitas matar o cordeiro pascal, e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, a contar desde a seis horas da tarde anterior, principiava a grande festa da Páscoa, que durava sete dias. O cordeiro morto devia ser sem defeito, macho, e do primeiro ano. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Tudo isso no velho testamento era uma sombra, cuja realidade se dá no novo testamento. O evangelista Mateus (26:17-19) relata que Jesus comemorou a Páscoa. Naquela noite Jesus deu novo e real significado a Páscoa, dizendo: “... Tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei; isto é o meu corpo. A seguir tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:26-30). O cordeiro sempre era oferecido, queimado no altar, como sacrifício pelos pecados, através dos sacerdotes. Na sua última comemoração da Páscoa Jesus se apresenta como o Cordeiro a ser sacrificado para salvação dos escolhidos de Deus. Assim como o cordeiro a ser morto não podia ter defeito, Jesus como homem não teve nenhum pecado, ou seja, nenhum defeito (1Pe.2:22, Hb.4:15). Por isso, no início de seu ministério Jesus foi apresentado ao povo por João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29).
Como o Cordeiro sem defeito e sem pecado, Jesus foi crucificado para nos trazer reconciliação com Deus, perdão e libertação. No passado comemorava-se na Páscoa a libertação do povo de Israel da escravidão imposta por Faraó no Egito (Ex. 1). O Egito prefigura o mundo da sobrevivência. Hoje a maioria das pessoas e até muitos cristãos em busca de sustento ou de uma vida melhor, se sujeita a escravidão do mundo e em busca da chamada prosperidade financeira se afastam da realidade que é a Pessoa de Cristo, vivendo de uma forma religiosa, cheios de aparências, e sem perceberem estão sob a escravidão de Faraó, que é uma figura de Satanás. Outro ponto que vemos na instituição da Páscoa é o povo israelita comerem do cordeiro e logo em seguida iniciarem uma caminhada no deserto. Como já vimos o Cordeiro é Jesus, e Ele disse aos discípulos para comer do pão que era o Seu corpo e beber do cálice que era o Seu sangue. Hoje como cristãos estamos caminhando num verdadeiro deserto. Duas coisas que ocorrem com as pessoas que caminham no deserto são: miragem e forte desejo de encontrar água. Todas as coisas do mundo, inclusive as religiões, são verdadeiras miragens, uma aparência de realidade. Muitos cristãos estão vivendo de aparência, sem ter uma comunhão diária, íntima e pessoal com Cristo, basta qualquer problema para murmurar e correr ao líder (homem) de sua chamada “igreja” em busca de uma possível solução, se esquecendo que possui a unção do Espírito e pode ir diretamente a Deus sem nenhum intercessor (1João 2:27). O que os verdadeiros adoradores de Deus (João 4:24) necessitam, não é viver de uma forma religiosa, cumprindo doutrinas impostas por homens, tendo um viver cristão só de aparências, e sim comer e beber do Cordeiro, que é se alimentar da Palavra de Deus, para estar fortalecido na caminhada no deserto. O povo de Israel comemorava a Páscoa uma vez por ano, nós hoje, podemos comer do Cordeiro todos os dias e a qualquer hora, comemorando a libertação que Ele nos concedeu do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor. (Colossenses 1:13). Jesus é o Senhor!

 

   


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