Adiante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-Io provado a palavra do SENHOR (Sl 105:17-19). Mas Deus estava com ele (At 7:9b).
Gn 37:22, 28, 31-32, 34, 36; 39:2-20; 40:14-15; 41:9-13, 34-40
José teve de passar por várias provações até se tornar governador do Egito. Ainda jovem, em sua casa, ao lado do pai, ele perseverou na visão de que reinaria e foi aprovado pelo Senhor. Seus irmãos o odiavam e queriam se livrar dele. Certo dia, quando apascentavam o rebanho, Jacó enviou José para estar entre eles e, mais tarde, trazer-lhe notícias dos filhos. Tramando contra o jovem, queriam matá-lo, mas Rúben, tentando preservar-lhe a vida, disse a seus irmãos: "Não derrameis sangue; lançai-o nesta cisterna que está no deserto, e não ponhais mão sobre ele" (Gn 37:22). Passavam por ali uns ismaelitas, e José foi vendido como escravo (v. 28). Seus irmãos molharam a túnica de José no sangue de um bode e a enviaram ao pai, que concluiu que seu filho havia sido morto por um animal (vs. 31-32). Jacó ficou muito abatido e lamentou o filho por muitos dias (v. 34).
No Egito, José foi vendido como escravo a Potifar, um oficial de Faraó (v. 36). Sua casa era muito grande, com muitos servos, mas o oficial viu que o SENHOR era com José e que "tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em suas mãos" (39:3). Deus deu muitas habilidades a José, e seu amo o pôs por mordomo de sua casa, confiando-lhe tudo o que tinha (vs. 3-4).
José era bem jovem e de boa aparência. Isso chamou a atenção da esposa de seu amo, que o provocou várias vezes, mas ele rejeitou todas as suas investidas. José venceu as tentações, porque tinha a visão de que um dia Deus o faria reinar sobre todas as coisas. Se caísse no pecado, como Deus lhe confiaria um governo e todas as pessoas? Ele não ousou se contaminar com nenhum pecado.
Por mais que a esposa de Potifar o assediasse, José resistiu (vs. 7-12). Por fim, ela se enfureceu e mentiu ao marido: "O servo hebreu, que nos trouxeste, veio ter comigo para insultar-me; quando, porém, levantei a voz e gritei, ele, deixando as vestes ao meu lado, fugiu para fora" (vs. 17 -18). Tendo ouvido isso, "o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; ali ficou ele na prisão" (v. 20).
Deus era com José em tudo que ele fazia, e na prisão ficou evidente sua capacidade administrativa. Mesmo preso, ele se tornou responsável pela prisão. Duas pessoas que serviam a Faraó também foram lançadas lá: o copeiro-chefe e o padeiro-chefe. Esses dois tiveram sonhos; José os interpretou, e o que ele disse se cumpriu. O copeiro-chefe foi libertado e restituído a seu cargo, mas antes José lhe pediu: "Faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa" (40:14-15). O recém-liberto, contudo, se esqueceu de José, que ficou mais dois anos na prisão.
Faraó também teve um sonho, e nenhum mago, nenhum sábio do Egito conseguia interpretá-lo. O copeiro-chefe então se lembrou: "Achava-se conosco um jovem hebreu, servo do comandante da guarda; contamos-lhe os nossos sonhos, e ele no-los interpretou, a cada um segundo o seu sonho" (41:9-13). Ouvindo isso, Faraó mandou chamar José, e este, além de interpretar-lhe o sonho, o aconselhou a armazenar toda a abundância de alimentos nos sete anos de fartura, para que, nos sete anos de escassez, as pessoas fossem supridas ante a fome que viria. O conselho foi agradável a Faraó e a todos seus oficiais (vs. 34-37). Dessa maneira, José, ainda jovem, foi constituído autoridade sobre toda a terra do Egito; apenas Faraó esteve acima dele.
José chegou a governar porque perseverou no sonho de que um dia reinaria. Além disso, obteve êxito em todas as provações pelas quais passou sem murmurar. Como resultado, Deus o constituiu governador de todo o Egito.