Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, andemos nós em novidade de vida (Rm 6:4).
Êx 15: 1-2; Rm 6:4; 1 Jo 1:9
A maneira como um cristão anda em seu viver diário mostra qual vida tem maior influência sobre sua pessoa: a vida divina, que ganhou pelo novo nascimento, ou a vida da alma, autossuficiente e naturalmente independente de Deus.
Por nós mesmos, não podemos mudar nosso modo de agir, porque ele é resultado da natureza que está em nosso interior. Como cristãos, porém, além de nossa própria vida da alma, temos a vida e a natureza de Deus habitando em nós. Assim, estamos divididos, mas nos cabe escolher, a cada dia, qual natureza será restringida e qual vai prevalecer.
Cada ser criado tem sua própria natureza; um jumento, por exemplo, tem, evidentemente, uma natureza diferente da de um leão. Por termos sido criados à imagem e semelhança de Deus, somos com Ele compatíveis. Porém também temos uma natureza pecaminosa em nosso interior, contrária a Deus, que se manifesta na vida da alma. Temos buscado pouco a pouco eliminá-la, para avançarmos de glória em glória na carreira cristã.
Graças ao Senhor, por causa do derramamento de Seu sangue, hoje um pecador pode se tornar um filho de Deus. Basta crer e confessar os pecados para que Deus o perdoe (1 Jo 1:9). Entretanto não é tão fácil livrar-se do ego, da natureza oposta a Deus que influencia seus pensamentos. O exemplo que já vimos a respeito disso são os filhos de Israel. Eles nada precisaram fazer para que o Mar Vermelho se abrisse diante deles. Naquela hora de livramento, apenas louvaram e se alegraram no SENHOR. Mas quando empreenderam a marcha pelo deserto, as dificuldades os fizeram murmurar e, até mesmo, duvidar da intenção de Deus ao tirá-los do Egito.
Muitas vezes nos encontramos na mesma situação que os filhos de Israel, pois a vida da alma age da mesma forma até hoje. Murmuração, rebeldia e contenda são sinais de que vivemos pela vida da alma, e precisamos vencer isso para entrar no descanso preparado por Deus. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos leve a abandonar a vaidade dos velhos pensamentos!