1 Co 15:58; Ap 12:3, 9, 14
O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma visão profética na qual dois seres simbólicos estão em peleja na parousia do Senhor. Nessa visão, de um lado, há uma mulher – aqui entendida como universal – grávida, sofrendo muito para dar à luz um filho varão, e, de outro, o príncipe deste mundo, Satanás, descrito como a antiga serpente, o grande dragão, querendo devorar o
filho por nascer. Depois que o filho varão nasceu, o dragão perseguiu a mulher, mas ela fugiu para o deserto com a ajuda das asas da grande águia (vs. 1-6, 13-14). Esse será o início da grande tribulação.
Ainda nesse capítulo, Satanás, referido como a antiga serpente, aparece como um dragão grande e vermelho (vs. 3, 9). Isso ocorre porque, ao longo das eras, Satanás vem se alimentando da carne e do sangue de toda a humanidade. Esse fato terrível evidencia a necessidade de as pessoas receberem o evangelho, para que sejam libertas do império das trevas e transportadas para o reino do Filho de Deus (Cl 1:13).
O filho varão se refere aos crentes vencedores desta era, que serão poupados da grande tribulação, pois terão sido arrebatados até o trono de Deus (Ap 12:11). Já a mulher universal, vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, representa o povo de Deus. Conforme a profecia, eles são o restante dos cristãos, que, depois de o filho varão ser arrebatado, serão perseguidos pelo dragão; todavia, soberanamente, serão poupados e ajudados a fugir para o deserto, onde Deus lhes havia preparado lugar para sustento durante a grande tribulação, que durará mil duzentos e sessenta dias, isto é, três anos e meio ou quarenta e dois meses (vs. 6, 14; 13:5).
Ao observar o mapa-múndi, podemos identificar no contorno do continente norte-americano a figura de uma grande águia preparando-se para pousar na América do Sul, que entendemos ser o deserto preparado por Deus como o lugar de seu sustento durante o período da grande tribulação. Esta ocorrerá com maior intensidade no continente europeu, cujo formato se assemelha à cabeça de um dragão. Já o continente africano nos lembra o perfil de um bebê em formação no útero materno. Podemos ver que a boca do dragão (Europa) está aberta para devorar essa criança (África).
Utilizamos tais semelhanças para confirmar a revelação da Palavra do Senhor. Por meio dessa visão, muitos foram encorajados e ganharam o encargo de levar o evangelho do reino a outros continentes, pois cremos que ali também muitos vencedores serão produzidos. Mesmo que enfrentemos dificuldades, no Senhor nosso trabalho não é vão (1 Co 15:58). Precisamos avançar nessa obra, levando vida para todos.
Diante desta palavra, almejamos ser vencedores! Como, porém, saber se fazemos parte dos vencedores? Se a vida de Deus já alcançou em nós uma proporção maior que a vida da alma, podemos nos considerar vitoriosos nesse aspecto. Contudo, caso nosso ego ainda prevaleça, devemos nos arrepender e permitir que a vida divina nos conquiste cada vez mais, tornando-se predominante em cada parte de nossa alma (mente, vontade e emoção). Se assim fizermos, seremos arrebatados como parte do filho varão.
Texto extraído do alimento diário série "Por que Deus criou o homem?", publicado pela Editora Árvore da Vida, baseado nas mensagens liberadas pelo irmão Dong Yu Lan, na Estância Árvore da Vida - Sumaré - São Paulo - Brasil, em Março de 2011.