A PRÁTICA DA UNIDADE DA IGREJA
No presente capítulo falaremos a respeito de como praticar de forma saudável e verdadeira a inclusividade, e posicionamento pela unidade da igreja na cidade. A possibilidade de haver pessoas que se posicionam de forma verdadeira e autentica fora do atual sistema faccioso, é negada principalmente pelos defensores do sistema denominacional no meio protestante. Provaremos aqui como de fato é possível, e tem total apoio Bíblico, essa possibilidade. Mostrando assim o erro do sistema denominacional, ao tentar argumentar contra aqueles que se posicionam como a igreja na localidade.
Também veremos que aqueles que saem das denominações, abandonam as placas, não estão livres de agirem sectariamente, e que não basta simplesmente largar as denominações, devemos antes ter uma atitude de inclusividade. Veja nas próximas paginas como ter essa verdadeira atitude de inclusividade.
É possível estar fora do sistema faccioso?
Hoje pode-se ver em toda terra, grupos de pessoas que saíram das denominações, e buscam viver como na igreja primitiva, assim como o apostolo Paulo falava das igrejas: um igreja em cada cidade. Como já expliquei anteriormente, o modelo correto de como a igreja deve se posicionar é como uma igreja em cada cidade, os cristãos devem se reunir como a igreja na sua localidade (cidade, vilarejo, comunidade geográfica). Também falei que essa não é a atitude da maioria dos cristãos hoje. Estes, em sua maioria, estão distribuídos entre as denominações como: “Igreja Batista”, “Igreja Presbiteriana”, “Igreja Luterana”, “Igreja Cristã Evangélica”, “Assembléia de Deus” etc. Como o próprio nome desses grupos deixa bem claro, o conceitos deles é que cada um desses grupos (denominações) é uma “igreja”, mas já provei que esse conceito não está de acordo com o conceito bíblico que dá um padrão para dizer quando a igreja (em sua expressão visível, pratica) pode se tornar “igrejas” (no plural). Mostrei que a única coisa que pode tornar a igreja plural, são os limites geográficos existentes entre as localidades. Por meio de uma análise histórico- geográfica simples da época do apostolo Paulo e da assim chama “igreja primitiva”, vemos que o conceito dos apóstolos a respeito da igreja era que ela era única em cada cidade, ou localidade, e ela não pode ser divida por motivos de brigas, ou doutrinas consideradas secundárias, as quais temos obrigação de tolerar caso nosso irmão pense ou haja de forma diferente de nós a respeito de tais coisas secundárias.
Por que se fez necessário fazer essa analise? Porque simplesmente aqueles que defendem o atual sistema divisivo (o das denominações), usam textos bíblicos que citam “as igrejas” (no plural) para justificar a existência de denominações. Mas vimos que isso é errado, e que os textos que falam da igreja no plural, não estão falando de cidades, mas de regiões maiores que abrangem duas cidades ou mais. E sempre que se fala de uma única cidade se fala da igreja no singular.
Mas como esse ponto já foi explicado, não vou me prender ao mesmo, pois já falei sobre esse assunto no meu texto: “O Terreno Para a Expressão Pratica da Igreja” (Primeiro Capítulo deste livro).
De fato muitos cristãos, têm visto que o correto é posicionar-se como a igreja na cidade, declarando que só existe uma igreja naquela cidade. Essas pessoas assim como eu, crêem que assim eles estão se posicionando fora do sectarismo.
E alguns opositores tentam de toda forma dizer que isso está errado ou que é uma fantasia, utopia, e sendo assim quem faz isso está criando apenas mais uma divisão, ou seja, para eles é impossível estar fora do sectarismo, é impossível, no contexto da existência de tantas divisões, existir um grupo que tome uma verdadeira e real atitude de inclusividade pela unidade dos cristãos. Meu objetivo com o presente capítulo é, justamente responder a essas afirmações.
Existem aqueles que dizem que a verdade sobre uma igreja em cada cidade é uma heresia, mas também existem aqueles que reconhecem que é algo bíblico, mas dizem que tal verdade não tem mais valor nos nossos dias, que só tinha valor na época da “igreja primitiva”. E pelo surgimento das divergências e preferências dos cristãos começou o quê eles chamam de modernização da Igreja, esta deixou de ser primitiva, e a nova organização, e o desenvolvimento das divergências doutrinarias ou de preferências entre os cristãos exige uma divisão feita com grupos diferentes que atendam os gostos ou preferências dos cristãos atuais. E visto que hoje existem muitas divisões é impossível existir alguém que esteja fora de todo esse partidarismo, sectarismo que existe hoje.
Eles opõem-se dizendo: “mas se hoje existem tantas divisões, e vocês saíram delas, vocês se tornaram apenas mais uma dentre muitas outras divisões (ou facções, grupos sectários)”. Este parece ser um forte e convincente argumento dos nossos opositores, não é verdade? Mas se analisarmos a história contida na própria Bíblia veremos que tal argumento pode ser facilmente derrubado!
A pergunta chave para revolver esse problema é: será que é possível existir cristãos fora do sectarismo, ou facção, mesmo existindo tantas divisões nos dias de hoje? Esses cristãos que saem de grupos sectários, não estariam simplesmente criando mais uma divisão?
Analisemos então a Bíblia, leia 1ª Coríntios 1:10-16. Aqui vemos uma situação muito clara de divisão entre genuínos filhos de Deus*. Do versículo 10 ao 12 é explicado o problema, e é feita a advertência àqueles que estão causando divisão. Já naquela época já existiam divisões, partidarismo, sectarismo, facções... Então não posso dizer que as divisões “são uma modernização da igreja primitiva, que foi necessária diante da formação de varias opiniões divergentes sobre alguns assuntos da Bíblia, ou de conduta dos fieis...” isso é o que muitos que querem defender as denominações afirmam. Eles falam isso como se essa divisão, que eles chamam de “modernização”, não fosse prevista pela Bíblia, e nem mesmo proibida. Desde já quero deixar bem claro, que a proibição, se refere à divisão entre cristãos genuínos.
Um item que fica bem claro como desculpa para que haja divisão, é a necessidade de atender as preferências de cada cristão. Estes se esquecem da lição da cruz, e querem buscar aquilo que atenda as suas exigências humanas, que atenda a vontade de seu eu... o item mais esquecido hoje no meio cristão é o negue-se a si mesmo... se fala tanto, mas nada se pratica dentro deste assunto, que se refere a não somente a negar a vontade da carne pecaminosa, mas também se refere a tolerar na igreja coisas secundárias, e preferências divergentes entre os irmãos. Não fomos colocados por Deus na igreja para fazer nossa própria vontade, mas para fazer a vontade de Deus. Como vemos em 2ª Timóteo 4:1-5, surgiriam aqueles que iriam procurar mestres que só ensinasse o que lhes agradasse, não dando ouvidos à verdade completa das Sagradas Escrituras.
Os que se dividem de seus irmãos, pelo menos na maioria dos casos, não ousam afirmar que aqueles dos quais se separaram não são cristãos, e nem que fizeram ou nada fazem que lhes possibilite serem classificados como pseudo-cristãos. Então, por que se dividiram desses? Dividiram-se por motivos que a Bíblia nos mostra que não podem servir de desculpa para divisão, ou seja, ela não nos dá autorização para dividirmos diante de tais motivos secundários e toleráveis (Romanos 14). Mas eu já abordei esse assunto, não entrarei em detalhes agora.
Bem, já sabemos que as divisões não são um problema novo, ou uma “evolução da igreja primitiva”, sabemos que este problema já existia na época de Paulo. Agora a questão é se é possível existirem cristãos fora do sectarismo, mesmo diante de tantas divisões existentes, tais cristãos não seriam apenas mais uma divisão? NÃO!!! Eu explico o por quê. No texto de 1ª Coríntios 1 que citei vemos uma situação de divisão, formação de facções, e Paulo condenou tais atitudes como infantis e carnais (1ª Coríntios 3:1-9). Eu posso dizer que o apostolo Paulo era sectário, faccioso, ou que compactuava com um grupo divisivo? Se eu afirmar que sim, então o próprio Paulo está me dizendo para me apartar dele mesmo, não receber nada que venha por meio dele, pois ele mesmo diz a Tito em sua epístola ao mesmo, que devemos nos apartar do homem que prefere permanecer com sua atitude facciosa mesmo depois da segunda advertência (Tito 3:10). Ele não poderia condenar uma atitude facciosa como carnal e infantil se ele também tivesse essa mesma atitude, qualquer pessoa que esteja no pleno gozo de suas faculdades mentais consegue compreender isso! O apostolo Paulo é a primeira prova da possibilidade de que é possível existir Cristãos fora do sectarismo!
Vamos a segunda prova: no mesmo texto que citei de 1ª Coríntios 1, vemos nos versículos 14, 16, algumas pessoas citadas de forma positiva pelo apostolo Paulo, depois de ele ter advertido aqueles que estavam se dividindo. Aqui vemos Crispo, Gaio, e as pessoas da casa de Estéfanas. Mesmo com toda aquela divisão, sectarismo, entre alguns irmãos da localidade de Corinto, ainda existiam aqueles que puderam ser citados por Paulo de forma positiva por não estarem no meio do partidarismo, por não estarem promovendo a divisão. Paulo afirmou que não havia batizado nenhum dos que estavam no meio daquela confusão, exceto Crispo, Gaio, e os da casa de Estéfanas. Esses são os que estavam fora do sectarismo dentro da localidade de Corinto. Então é possível sim!
Muitos querem defender uma unidade somente espiritual que não exige nenhuma atitude. Mas em Efésios vemos que é necessário manter a unidade com esforço, diligencia, suportando-nos uns aos outros (Efésios 4:1-5). Alguns dizem: “para termos unidade ou ser considerados como pessoas fora do sectarismo, precisamos apenas ser cristãos, ai teremos a unidade espiritual”. Se ser apenas cristãos fosse o bastante para ter unidade, e para fazer a vontade completa de Deus com respeito à unidade, estando assim todos livres para agirem de qualquer forma, formando grupos de acordo com suas preferências humanas, então não seria necessário Paulo ter advertido, e chamado de carnais e infantis aqueles que estavam se dividindo em Corinto. É uma questão de lógica.
Eu posso dizer que aqueles que diziam ser de Paulo, ou de Apolo, não eram cristãos? Não, quando outro grupo veio dizer que eles eram de Cristo, Paulo os advertiu também, porque sua intenção ao dizer tal coisa não era positiva, nem santa, sua intenção era como dizer: “vocês dizem que ser de Paulo, Apolo ou Cefas, continuem sendo paulinos, ou o que quer que sejam, eu sou cristão, se você é paulino não pode ser cristão!”. Paulo disse: “acaso Cristo está dividido?” quando ele disse isso ele estava se referindo a todos aqueles grupos que estavam se dividindo, ou seja, ao passo que um daqueles grupos se posicionavam ao lado de Paulo ou outro qualquer, em vez de aquele grupo deixar de ser cristão, ou de fazer parte do corpo de Cristo, ele levava um grupo de pessoas que não deixava de ser fazer parte da igreja, apesar de sua atitude pecaminosa de dividir. Quando Paulo fez essa pergunta, ele quis dizer que pelo fato de Cristo ser um, eles também deveriam ser um. Mas eles estavam se dividindo, dilacerando o corpo de Cristo, a Igreja. Ninguém naquela situação deixava de ser cristão, mas passavam a se encontrar numa situação anormal. Pois a Igreja é o corpo de Cristo, e como tal é um, a Igreja deve ser uma, e não dividida em grupos por motivos de contendas, opiniões sobre coisas secundarias, e preferências por pessoas ou formas de culto. Concluímos que tais pessoas eram todas cristãs, mas estavam numa situação anormal, que não deveria acontecer, mas por acontecer, deixa até mesmo a unidade espiritual perder sua importância para os crentes. Essa unidade espiritual não deixa de existir por causa disso, mas é obrigação dos cristãos se esforçarem para que a unidade visível faça os cristãos notarem e valorizarem a unidade espiritual em sua localidade.
Quando Paulo questionou os partidários: “acaso Cristo está divido?” podemos notar que unidade espiritual e a unidade visível estão intimamente ligadas. Quando os crentes não valorizam o esforço pela unidade local da igreja, eles demonstram que não dão o verdadeiro valor a unidade Espiritual que existe na Igreja em seu aspecto universal. O livro de Efésios especialmente no capítulo 4 nos mostra uma relação muito intima entre o aspecto espiritual da unidade, e o esforço e diligencia dos irmãos por preservarem a unidade, se é esforço por parte dos crentes, então vemos que é algo mais relacionado com o que fazemos em nosso testemunho na terra.
A divisão dos “não-sectários” Vs. A verdadeira atitude de inclusividade
Em 1ª Coríntio 1:10-16, podemos aprender muita coisa sobre a unidade, eu demorei algum tempo para começar a entender o que realmente é uma atitude de inclusividade pela unidade dos crentes no corpo de Cristo. Quando eu comecei a me reunir com os irmãos que se posicionavam na minha cidade como a igreja em Imperatriz- MA, em pouco tempo despertei para estudar a Palavra, e o primeiro tema que me chamou a atenção foi justamente a igreja na localidade, mostrando todo o erro do sistema faccioso das denominações e tudo mais... Logo eu me empolguei com tal visão, estudei por meio de alguns livros como a “Ortodoxia da Igreja”, “Palestras Adicionais sobre a Vida da Igreja” (ambos do irmão Watchman Nee) e o livro “A Expressão Pratica da Igreja” do irmão Witness Lee. O que esses irmãos falaram não estava errado, e ainda hoje não está errado pra mim, mas o erro veio de minha interpretação do que esses irmãos realmente estavam falando.
Primeiramente quero deixar bem claro que meu conceito é que o denominacionalismo é errado, e é divisão, e esta por sua vez é pecado. E o primeiro passo pra estar fora do sectarismo é se posicionar como a igreja na localidade, declarando que a igreja é única naquela localidade. Mas quando eu estava começando a ganhar tal visão, eu interpretei que se eu me posicionasse dessa forma, eu estaria finalmente me tornando membro da igreja na localidade. E todos aqueles que estavam nas denominações, por estarem em atitude sectária, estavam fora da igreja, do corpo de Cristo. Assim eu estaria me tornando membro da “igreja verdadeira”, e os que estavam nas divisões, estavam fora dela, por isso considerava-os membros de “falsas igrejas”.
Amados irmãos, quero lhes falar que tal conceito que eu tinha era totalmente errado. Hoje me arrependo de tudo o que eu disse no inicio! Peço perdão a todos com os quais discuti sobre o assunto naquela época. Quero dizer-lhes que a forma com a qual eu falava da igreja era incorreta!
Mas por meio de boas comunhões com irmãos que tem se aprofundado na visão da igreja, o Senhor foi me orientando de forma grandiosa dentro desse assunto, e eu pude ganhar muita luz! Aleluia! Louvado seja o Senhor Jesus, pela luz que ele nos dá em sua Palavra, e pela ajuda que Ele nos concede por meio de Seus amados filhos.
Vamos ler cuidadosamente 1ª Coríntios 1:10-16. A verdade é que a Palavra de Deus condenou não somente aqueles que diziam ser de Cefas, Paulo, ou Apolo. Mas condenou também aqueles que diziam ser Cristo. Mas se alguém diz que é de Cristo, não é algo bom?
Se você diz ser de Cristo, isso é algo bom, e altamente recomendável, desde que isso signifique somente a quem você pertence. Mas se significa: “Eu sou do corpo de Cristo e você não, porque você pertence a uma divisão, um partido... e eu só pertenço a Cristo, estou na unidade... por isso você não faz parte da igreja, não faz parte do corpo de Cristo...” isso é então claramente condenado pela Bíblia.
Agora temos mais essa lição com o texto de Coríntios 1, a lição da inclusividade.
Deixe-me lhes perguntar uma coisa: por que condenamos o sistema denominacional? Não seria por que ele é exclusivista? Quando uma pessoa diz ser da “Igreja Presbiteriana”, ele está sendo exclusivista, pois quando se dá o nome de Presbiteriana para a igreja, está se limitando a um grupo em particular, o grupo das pessoas que seguem a doutrina Presbiteriana. Isso é exclusivismo, só pertence a “Igreja Presbiteriana”, quem segue as mesmas doutrinas e normas de culto, especialmente com relação ao governo dos presbíteros na Igreja. Isso ocorre com qualquer denominação.
Então se o erro é limitar a um determinado grupo separado dos outros por doutrinas, normas, e preferências pessoais, então não podemos cair no mesmo erro. Ao nos posicionar como a Igreja na localidade, eu não posso fazer isso com o conceito de que os irmãos que tomaram essa mesma decisão de abandonar as “placas”, são a totalidade da igreja na localidade. Não posso falar que a Igreja em Imperatriz são somente os que se reúnem como Igreja em Imperatriz, sem denominação. Posso falar com toda ousadia que isso é errado! Isso é exclusivismo, sectarismo, e a essa corrente de pensamento ou opinião damos o nome de “Localismo”.
O localista, acredita que deixando as denominações, ele se torna a “verdadeira igreja”, e que todos os crentes das denominações, não fazem parte da “verdadeira igreja local”. O Localismo é sectário, exclusivista.
Isso é a mesma coisa que os que diziam ser de Cristo estavam fazendo em Corinto. Diziam ser do corpo de Cristo, e pelo fato de que os outros estavam se posicionando em partidos de Paulo, Cefas e Apolo, estes não faziam parte da Igreja, ou do corpo de Cristo. Era esse o conceito errôneo daqueles irmãos, e podemos compará-los com quem possui uma opinião localista.
Você consegue perceber agora? O que devemos fazer então? Quando posicionarmos como a Igreja na cidade, devemos saber diferenciar duas coisas: A assim chamada “igreja local” e o “testemunho local da unidade da igreja”.
O que é a igreja local? A igreja local é a igreja que está em determinada localidade, eu já expliquei que em cada localidade, existe apenas uma única igreja (em sua expressão pratica, ou visível). A igreja local é então formada por todos os cristãos residentes naquela localidade. Inclui todos os cristãos genuínos naquela cidade, se um irmão é um cristão verdadeiro, não podemos dizer que ele está fora da igreja local, mesmo que ele esteja nas denominações. Lembre-se que se você fizer isso, estarás sendo igual aos que diziam ser de Cristo, de uma forma que excluía todos os outros que se posicionavam em facções. Esses por mais que estivessem declarando uma base de inclusão mais plausível do que a dos outros, foram repreendidos porque que se colocaram sobre a base de Cristo não para incluir, e sim para se acharem superiores aos outros. Podemos dizer que igreja local, é formada pelos facciosos e pelos não facciosos.
Mas segundo a lição de 1ª Co 1, temos que buscar ser como Crispo, Gaio e os da casa de Estefanas, pois estes estavam fora do sectarismo, estes são os que declaram que a Igreja na localidade é única, e inclui todos os cristãos genuínos. Mesmo que falemos que a Igreja local é formada pelos que estão nas varias denominações, não basta simplesmente ser cristãos e estar incluído na igreja loca, temos que ter uma atitude como a de Crispo e Gaio e os da casa de Estéfanas. Estes davam em sua cidade o testemunho da unidade local da igreja em sua localidade.
O que é o testemunho local da unidade? Esse sim é o grupo de pessoas que largaram as facções, denominações, divisões. Mas fazem isso não para se declararem a plenitude da igreja naquela cidade, e sim para incluir em uma única igreja todos os cristãos daquela cidade. À tais irmãos que dão esse testemunho em momento nenhum é saudável que se considerem a plenitude da igreja local, pois para serem a igreja local completa, eles precisam de todos os irmãos que estão espalhados pela cidade.
Quando os cristãos de Corinto estavam se dividindo, Paulo questionou: “acaso está Cristo dividido?”. Isso nos mostra que mesmo eles estando em diferentes grupos, não se tornam vários “corpos de Cristo”, ou seja, várias igrejas. Cristo não está divido, e o povo de Deus deve imitar Cristo, o corpo de Cristo é apenas um! Amém! Por mais que um cristãos esteja na facções, ainda é membro do único corpo de Cristo. Ele ainda é uma parte do corpo. Por isso devo incluí-lo na única igreja que há na minha localidade.
Irmãos, para que possamos ter uma real atitude de acolhimento na igreja, não podemos ter como condição de acolhimento ou inclusão a questão da localidade. O testemunho de unidade da igreja não ocorre por acolher somente aqueles que tem a visão de que a Igreja é uma naquela cidade e que toda divisão é errada. A inclusão na Igreja não se dá pela doutrina de que a igreja é local, única na localidade, mas na verdade essa inclusão se dá para todos os cristãos que estão na localidade. O terreno de inclusão dos crentes na igreja é a própria localidade, e não a doutrina de fala da igreja na localidade.
O primeiro passo para estar fora do sectarismo, é sim largar, sair de grupos partidários e divisivos, largando placas, denominações, pois como vimos na Bíblia, devemos nos apartar do homem faccioso. E como vimos, quando os coríntios, estavam se dividindo por suas preferências em grupos de Paulo, Apolo, Cefas, Cristo, estavam sendo carnais e infantis. Mas também temos que ver que ao nos posicionar sem denominação, devemos declarar que a igreja naquela localidade é única sim, mas que nela estão incluídos TODOS os santos, redimidos, justificados, regenerados e redimidos pelo sangue precioso de Cristo, que residem na referida localidade.