Edificar a igreja de Jesus Cristo foi o ministério do apóstolo Paulo

06/09/2011 14:49

 

 

Ao ter a vida de Deus em nós, não mais vivemos, mas Cristo vive em nós!

Por meio da obra do Espírito, foi estabelecida, em Jerusalém, a primeira igreja do Novo Testamento. Os 12 apóstolos pregavam o evangelho com ousadia, suas palavras eram cheias de poder e muitos sinais e prodígios eram feitos, por conseguinte o número de cristãos aumentava a cada dia (At 5:14) a ponto de haver, por exemplo, a conversão de quase 3 mil pessoas após uma pregação fervorosa de Pedro (At 2:41). Os cristãos se reuniam no templo e, também, de casa em casa, invocando o nome do Senhor, partindo o pão, orando e perseverando na comunhão e no ensinamento dos apóstolos. Somente pelo poder do Espírito é que eles, humildes pescadores galileus, poderiam pregar a palavra de Deus com autoridade em um ambiente tão grandioso como o Pórtico de Salomão (At 5:12).

Edificação

Para que a igreja seja edificada, é preciso haver tanto a obra do Espírito, iniciando nossa vida com Deus, como, também, desenvolver, no dia a dia, a nossa salvação, através do suprimento constante da vida divina, que enche o nosso interior e reveste de poder e autoridade o nosso exterior ao invocarmos o nome do Senhor, pois isso nos conduz ao Espírito, capacitando-nos a pregar o evangelho com intrepidez, para levar salvação e vida a todos. Aleluias! Portanto, quanto mais invocamos o nome do Senhor, mais negamos a nossa vida da alma, haja vista que Jesus nos exortou: “...quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mt 16:25), ou seja, ao negar a vida da alma, estamos convidando o Espírito para ser Senhor das nossas decisões, uma vez que a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para não fazermos o que queremos (Gl 5:17). Então, ao invocarmos o nome do Senhor, estamos buscando salvar a nossa alma, sendo que já fomos salvos em nosso espírito (Mc 14:28), conforme disse Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:36). Quando temos Cristo como Senhor, embora o nosso corpo esteja morto por causa do pecado, o espírito vive por causa da justiça (Rm 8:10) e esse mesmo corpo, que é semeado em corrupção, ressuscitará em incorrupção (1Co 15:42), do mesmo modo que o grão de trigo, ao cair na terra, precisa morrer para dar muito fruto. (Jo 12:24). Graças a Deus por termos nosso espírito e corpo salvos em Cristo Jesus. Que tenhamos, pois, diligência para salvar a nossa alma, negando-a, subjugando-a e reduzindo à servidão, para que pregando aos outros, nós mesmos não venhamos de alguma maneira a ficar reprovados (1 Co 9:27).

Perseguição

Quem não negou a si próprio, agindo pelo lado bom da vida da alma, foram os líderes do judaísmo, que por acreditarem estar servindo a Deus, começaram a perseguir os cristãos, incumbindo a Saulo, que era zeloso da lei de Moisés (Fp 3:4-6), a missão de exterminar, em Jerusalém, os que invocavam o nome de Jesus (At 9:21), por conseguinte todos os cristãos foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos (At 8:1), que permaneceram em Jerusalém, mas para não serem presos, provavelmente deixaram de invocar em público o nome do Senhor. Isso se somou ao fato de os apóstolos começarem a perder a posição de liderança, na igreja, para os sacerdotes e religiosos judeus que haviam sido convertidos, ocasionando um conflito entre os princípios do Novo Testamento (defendidos pelos apóstolos) e os da lei de Moisés (guardados por esses judeus convertidos). Por causa disso, foi constituído um líder na igreja, em Jerusalém, o qual foi Tiago, que embora fosse irmão de Jesus (Gl 1:19), contrariou o propósito do Senhor, que tinha incumbido aos apóstolos a função de liderança, tanto é que Tiago foi mais favorável ao judaísmo (At 21:20-21), cuja influência foi se espalhando não só em Jerusalém, mas também no meio das igrejas dos gentios.

Paulo

Por causa de os apóstolos não terem cumprido o encargo passado por Jesus, o Senhor teve de ungir outra pessoa para dar prosseguimento na Sua obra de edificação e escolheu Saulo, justamente um perseguidor da igreja, causando enorme impacto nas pessoas, inclusive em Ananias, discípulo designado pelo Senhor para dizer a Saulo as seguintes boas novas: “Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor” (At 22:16). Saulo era para o Senhor um vaso escolhido para levar o nome de Jesus diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel (At 9:15). O nome de Saulo, que significa grande, foi mudado para Paulo, que quer dizer pequeno, porque ele se humilhou diante do Senhor. Enquanto Ananias introduziu Paulo no corpo de Cristo, Barnabé (profeta e mestre na igreja em Antioquia – At 13:1) inseriu Paulo na comunhão com os irmãos e depois no serviço da obra de Deus (At 9:27;11:25).

Revelação

Diferentemente dos 12 apóstolos, Paulo nunca tinha sido conduzido pessoalmente pelo Senhor Jesus, mas ele foi zeloso para com Deus e conhecia as Escrituras à luz do judaísmo, segundo os ensinamentos do Velho Testamento, que recebeu de Gamaliel, doutor na lei de Moisés (At 5:34; 22:3). Portanto, para que Paulo pudesse ter compreensão da comissão que Deus tinha para ele a cerca do Novo Testamento, o Senhor proporcionou um encontro pessoal com ele, arrebatando-o ao terceiro céu, ao paraíso, ou seja, onde o Deus Triúno habita (Ap 2:7), a fim de ouvir palavras inefáveis (2Co 12:1-4), cujas revelações foram, depois, registradas nas epístolas escritas por Paulo (Romanos; I e II Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; I e II Tessalonicenses; I e II Timóteo; Tito e Filémon).

Transformação

Paulo foi iluminado pela luz do 4º dia da criação (Gn 1:14-19), transformando-se pela renovação do seu entendimento, para experimentar a boa, a agradável e a perfeita vontade de Deus (Rm 12:2). E, assim, Paulo disse: “eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2: 19-20). Paulo creu que a promessa feita a Abraão concretizou-se em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que veio substituir a Lei descrita no Pentateuco (5 primeiros livros do Velho Testamento) pela Nova Aliança, na qual Jesus é o único Mediador para a justificação e a salvação do homem (1 Tm 2:5). Aleluias! Que a vida de Deus cresça, pois, cada vez mais em nós, a fim de também darmos nossa própria vida para o evangelho de Deus. Amém!