O Povo de Deus, no Antigo Testamento, foi trazido de uma terra de escravidão para outra muito rica e fértil, chamada Canaã. A Bíblia registra as várias riquezas dessa terra, particularmente em Deuteronômio 8:7-9: “Porque o Senhor, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos [...] terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre”. A terra de Canaã é um tipo do próprio Cristo, com Suas riquesas insondáveis (Efésios 3:8). Assim como o povo de Israel laborava e produzia riquesas em canaã, também a Igreja, o povo de Deus no Novo Testamento, labora, produz e desfruta das riquezas do Cristo excelente.
Quando o Senhor Jesus iniciou Seu ministério terreno, Ele o fez na Galiléia, nos confins de Zebulom e Naftali, caminho do mar (Mateus 4:13-14). Os versículos 16 e 17 complementam: ” O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. A profecia de Jacó, em Gênesis 49:13,21, refere-se a Zebulom como um “porto de navios” e a Naftali como “uma gazela solta que profere palavras formosas”. Essas palavras são figuras muito claras da pregação do evangelho do reino, no Novo Testamento.
O povo do reino, a igreja, tem essa função de ser um porto de exportação das riquezas do Cristo todo -inclusivo e, em conseqüência, importador da graça de Deus ( Efésios 4:7). Isso ocorre quando levamos o evangelho para todas as cidades da terra habitada, falando palavras cheias de graça. Ao exercitar o dom que recebemos, ganhamos mais graça e apressamos a volta do Senhor Jesus Cristo, para que venha o fim de toda uma era de degradação e o começo de um tempo de restauração, de justiça, a manifestação do reino dos céus (Mateus 24:14, Apocalipse 11;15).
Texto extraído do “Jornal Árvore da Vida” nº 186, Publicado pela Editora Árvore da Vida.