G. A queda

14/12/2013 10:51

G. A queda

Percebe-se um outro contraste entre Gênesis e Êxodo na maneira de se apresentar a queda nesses dois livros. A Bíblia nos mostra aspectos diferentes da queda do homem. Em Gênesis, a queda foi rebelião e idolatria, isto é, uma queda para Babel. Antes de sermos salvos, estávamos em Babel, numa terra de rebelião e de idolatria. Mas também estivemos no Egito, o lugar da queda descrita em Êxodo. O Egito é uma terra de prazeres da carne. Tal prazer leva as pessoas à escravidão, ao cativeiro. Portanto, na Bíblia, o Egito tipifica o mundo como satisfação carnal que nos conduz à escravidão. Antes de sermos salvos, estávamos em Babel, por um lado, e, por outro, no Egito. Isso quer dizer que estávamos em rebelião e idolatria, e também no mundo com o seu deleite, incluindo os esportes e os divertimentos. O prazer carnal do mundo destina-se à satisfação do homem natural. Através desse deleite carnal e mundano, o homem caído é mantido sob cativeiro, tendo Satanás por seu Faraó. As pessoas caídas são como as de Babel e como os filhos de Israel no Egito. Se nos limitássemos à linha de Abraão, Isaque e Jacó, descrita no livro de Gênesis, veríamos tão-somente o aspecto de nossa queda retratada por Babel. Perceberíamos rebelião e idolatria, mas não escravidão nem servidão advindas dos prazeres mundanos. Até mesmo na queda do homem, existem duas linhas. Por um lado, somos Abraão, Isaque e Jacó; por outro, somos os filhos de Israel.

Ao percebermos muitos dos contrastes entre Gênesis e Êxodo, não deveríamos mais, no que concerne às nossas experiências, considerar este último como continuação do primeiro. Repetindo, Êxodo não é uma continuação da experiência espiritual de Gênesis; ele revela um outro lado, uma outra linha da experiência do cristão. A experiência de Gênesis é um pouco vaga e abstrata, mas a de Êxodo é sólida e substancial. Todos os aspectos da experiência de Êxodo são sólidos, desde a presença do Senhor como coluna até a glória a encher o tabernáculo.