Há um espírito no homem
Msg 22 Sex – Há um espírito no homem
Msg 22 – Dia a dia tomar a cruz e seguir o Senhor – (Lc 9:23)
Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio (Jó 32:8)
Gn 2:7; Lc 24:39; Rm 8:16; 9:1; Ef 6:18
A criação do homem teve um elemento especial: o espírito humano. Ao contrário do homem, os anjos, que foram criados conforme sua natureza (Lc 24:39b), não possuem um espírito como o do homem. Contudo Jó 32:8 esclarece-nos que há um espírito no homem. Deus, ao formar o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 2:7).
É exatamente esse sopro de Deus que nos torna diferentes dos anjos. Ao soprar nas narinas do homem, algo foi gerado no interior dele. Pelo sopro divino sobreveio o espírito humano. E para que serve o espírito humano? Para que possamos recorrer à comunhão com o Pai, recebê-Lo e adorá-Lo.
Há no espírito do homem três funções importantes: comunhão, consciência e intuição. Numa palavra simples, comunhão é a parte apta para comunicar-se com Deus. Na comunhão, Deus pode falar conosco e dar-nos Sua direção. Lucas 1:4 diz: "E o meu espírito se alegrou em Deus". Isso significa que o espírito humano se mesclou com Deus. Efésios 6:18 nos ensina que orar é ter comunhão com Deus. Em 1 Coríntios 6:17 vemos que a verdadeira comunhão é tornarmo-nos um espírito com o Senhor.
A consciência, por sua vez, tem como função distinguir entre o certo e o errado. É ela que condena ou justifica (1 Co 5:3-5). Ao compararmos dois versículos do livro de Romanos, 9:1 com 8:16, vemos que o Espírito Santo testifica com o nosso espírito e que a nossa consciência testifica com o Espírito Santo. Concluímos, então, que a consciência tem de ser uma função de nosso espírito. Estejamos em alerta para não endurecermos a consciência, deixando-a cauterizada, comprometendo o sentimento de discernimento e tornando-nos insensíveis ao erro.
Por fim, temos a intuição. Uma pessoa no espírito que tem a comunhão e a consciência restauradas também terá uma intuição operante. No Evangelho de Marcos lemos: "Percebendo logo por seu espírito" (2:8); e ainda: "E, suspirando profundamente em seu espírito" (8:12). O Evangelho de João também relata: "Moveu-se muito em espírito" (11:33). Perceber, suspirar e mover-nos em nosso espírito vem de um conhecimento diretamente de Deus. Essa função é a que chamamos de intuição. Provamos disso quando cantamos um louvor ao Senhor no espírito e logo vem um sentimento em nosso interior, algo que não depende da razão ou das circunstâncias ao nosso redor. Esse sentimento o alcança, e você decide se entregar mais ao Senhor. Sua consagração é tamanha que surge uma vontade urgente de evangelizar e cuidar da igreja. Louvado seja o Senhor!
Como ministros da nova aliança, precisamos ser pessoas que vivem no espírito. Por meio de viver no espírito, podemos, na comunhão, receber a direção de Deus; na consciência, ter paz ou intranquilidade. Quando estivermos inquietos, podemos ir diante de Deus e pedir perdão. Na intuição percebemos a vontade de Deus e podemos segui-la!