Negar a própria vontade
Depois disso, Jesus prosseguiu: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (João 21:18). Quando Pedro era jovem, falava e fazia o que queria, e andava por onde queria. Se você é assim na vida da igreja, então precisa crescer. Precisamos crescer e amadurecer. Na obra do Senhor, não podemos fazer as coisas isoladamente nem fazer o que queremos. Gostamos de liderar e de servir segundo nossa iniciativa própria. Um dia vamos aprender a ser levados por outro para onde não queremos.
Por causa do seu homem natural, Pedro não gostou do que ouviu. Os nossos elementos naturais somente podem ser removidos pouco a pouco, por meio das provações e sofrimentos. Ele voltou-se para João e perguntou a Jesus: “E quanto a este? Isto é, se eu não terei mais liberdade, e quanto a João?”. Respondeu-lhe Jesus: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (João 21:21-22). Isso, mais uma vez, serviu para expor a imaturidade de Pedro.
Somo todos muito parecidos com Pedro. Enquanto somos imaturos, queremos muito comparar os nossos sofrimentos com os dos outros. Sempre nos perguntamos: “Por que estou sofrendo tanto e fulano não? Por que sou tão restringido nas minhas ações e outros fazem o que querem?”. Isso ocorre porque não percebemos a nossa necessidade urgente de deixar o Senhor trabalhar na nossa alma, fazendo-nos negar a vida da alma, e permitir que a vida e natureza de Deus cresçam em nós. Devemos agradecer ao Senhor pelo fogo que remove as impurezas da alma e louvá-lo pelos sofrimentos por que passamos, que nos libertam do nosso ego. Assim, a nossa alma pode ser salva pelo crescimento de vida. Aleluia!
Trecho extraído do livro “Ser Como Deus em Vida e Natureza”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.