O Espírito como o Óleo da Unção

Deuteronômio 8:9 diz que na boa terra haveria pão sem escassez e suas pedras eram ferro e cobre. A seguir, o versículo 10 diz: “Comerás, e te fartarás, e louvarás o SENHOR, teu Deus, pela boa terra que te deu”. A boa terra nos foi dada para satisfação e fartura, paa que não haja escassez de alimento. Tudo isso aponta para o Cristo todo-incluso, que agora é o Espírito que habita em nosso espírito.

Esse Espírito é também a unção em nosso interior (1 Jo 2:27), sendo o resultado de todo o longo processo pelo qual o Espírito de Deus passou, conforme já citado antes. Em Êxodo 30:22-33, Ele é tipificado pelo puro azeite de oliva, usado juntamente com outras especiarias para formar o óleo sagrado da unção. Esse óleo representa o Deus triúno no homem. Quatro especiarias, divididas em três unidades de peso, mais um him do azeite de oliva, formavam esse óleo precioso, com o qual eram ungidas as pessoas incumbidas de responsabilidade da parte de Deus. Esse óleo foi derramado por Moisés sobre a cabeça de Arão para que ele pudesse exercer o sacerdócio (v. 30). Davi também foi ungido com este óleo, por Samuel, para que pudesse reinar.

O Salmo 133:2 menciona esse óleo e diz que ele foi derramado sobre a cabeça de Arão, descendo depois para a sua barba e chegando até a orla de suas vestes (VRC). Isso indica que não apenas a sua cabeça foi ungida, mas seu corpo todo foi igualmente ungido. Isso é uma figura do Senhor Jesus, como o Cabeça da igreja, a qual é o Seu corpo.

Em Mateus 3:16-17 lemos: “Batizado Jesus, subiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo”. O “Filho Amado” tinha agora uma incumbência, pois acabara de ser ungido para iniciar Seu ministério. Ele era tanto o Filho do Homem como o Filho amado do Pai, Aquele que supriria vida às pessoas. Nele o Pai tem prazer e para Ele os céus se abrem.

Após Seu batismo, Jesus recebeu o Espírito Santo, em forma de pomba, como o óleo que O ungiu para o ministério que iria desempenhar (Lucas 3:21-23ª). A partir daquele momento, Ele não era apenas Jesus, mas Jesus, o Cristo, o Ungido. Jesus era Seu nome humano e Cristo era Sua unção. Daquele momento em diante, Ele foi chamado de Jesus Cristo.

Esta unção, portanto, é maravilhosa e foi derramada sobre Cristo, mas alcançou e ungiu também a igreja. Consequentemente, todos nós recebemos também uma incumbência, uma responsabilidade da parte de Deus, para que propaguemos a vida divina para outras pessoas. Devemos ser como José, cujos galhos se estendem sobre os muros.