O Sétimo Dia
"Porque também a nós foram anunciadas as boas novas..." Hebreus 4:2a
O Sétimo Dia
“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército. E havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gn 2:1-3). Deus concluiu a Sua obra de criação no sétimo dia. E no sétimo dia, Deus descansou; e também santificou tal dia. Por que se lembrar desse dia? Para lembrar que Deus criou todas as coisas. A conclusão da criação prefigura o cumprimento final da economia de Deus; por isso Deus também quer que o homem descanse. Entre os dez mandamentos da lei dada a Moisés, o quarto mandamento diz para guardarmos o sábado, o dia do repouso. O nosso repouso é uma lembrança de que Deus é quem fez todas as coisas e requer que apenas desfrutemos as Suas obras. Deus dá muita importância a isso. Ele criou todas as coisas para nós em seis dias, e no sétimo, descansou. O primeiro dia do homem é o sétimo de Deus, o dia do descanso. O homem foi criado para entrar no descanso de Deus. Durante os seis dias da criação vimos [nos capítulos anteriores deste livro] o Pai, o Filho e o Espírito dispensando-se mais e mais para dentro do homem, para que nós, a igreja, possamos crescer e multiplicar-nos em vida e expandir-nos enchendo toda a terra, a fim de cumprir a economia de Deus. No sexto dia, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus para expressá-Lo e dominar por Ele sobre toda a terra e sobre tudo o que nela há.
Aleluia! A obra está pronta! Deus descansa, não porque estivesse cansado de trabalhar por seis dias e precisasse se recompor da Sua fadiga. O descanso significa Sua satisfação com tudo que fizera. Por isso Deus descansou e quer que nós também descansemos. No sábado, o dia do repouso, não era para o homem fazer nenhuma obra, porque Deus quer que recordemos que tudo foi feito por Ele. Muitos cristãos crêem que são capazes de fazer algo. Se não é Deus quem faz, tudo o que fazemos pelo nosso esforço natural não tem valor nenhum. Por isso, o que quer que façamos: pregar o evangelho, ler a Bíblia, orar, ir à reunião, cuidar dos irmãos, etc., todas essas obras devemos deixar que Deus as faça por nós, em nós e por meio de nós. Dentro de nós, Deus criou um espírito para que o Senhor Jesus, após tornar-se o Espírito que dá vida, viesse habitar em nós. O Senhor entrou em nós quando cremos e O aceitamos como nosso Salvador. Hoje o Senhor está-se expandindo até a nossa alma, pois Ele quer saturá-la. Portanto, Deus é quem pode, quer e deve fazer todas as obras em nós e por meio de nós. Quando o Senhor Jesus estava na terra, Ele disse aos discípulos que a obra que Ele fazia era a obra do Pai, que Seu Pai trabalhava até agora, e por isso Ele também trabalhava, porém fazia o que o Pai fazia.
Se somos aqueles que nos apoiamos em nossa própria capacidade para fazer as coisas, isto é igual ao que fez Caim; Deus não dá valor nem se agrada disso. Porém, se tudo o que fazemos é permitindo que Deus faça por meio de nós, então sabemos que tudo o que foi feito, não foi feito por nós, mas que simplesmente descansamos Nele; aí sim, experimentaremos o que é a obra de Deus. Por isso, Deus ordenou ao povo de Israel que recordasse do dia do descanso em Êxodo, Levítico e Números. Quando nos sentirmos capazes de fazer algo, cuidado! O Senhor Jesus disse em João 15:4, 5: “Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira; assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Seria ridículo o ramo produzir fruto com o seu próprio esforço. Tudo o que ele tem de fazer é permanecer na videira, descansar nela, e tudo será realizado pela videira. Assim devemos reconhecer que nada podemos fazer por nós mesmos; o Senhor é quem tudo faz.
Adaptado do livro “Os Sete Dias da Criação”, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.