Pregar o evangelho do reino foi a missão dos 12 apóstolos
Estabelecer esse reino de Deus na terra é nosso dever
Jesus Cristo nos ensinou a orar a Deus, invocando o nome de Deus Pai e pedindo que o reino de Deus venha à terra: “Pai nosso, que está nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...” (Mt 6:9-10). Do pó da terra nós fomos feitos (Gn 2:7) e é vontade do Senhor não só salvar os homens, como também estabelecer o Seu reino na terra, pois foi para isso que o homem foi criado (Gn 1:26), haja vista que o reino de Deus está dentro de nós (Lc 17:21) e não é comida nem bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17). Então, é preciso que todo o que experimenta, na igreja, a realidade desse reino, ou seja, faça parte dele, também faça a vontade de Deus na terra do mesmo modo como ela é feita nos céus, porque os dias são maus e é preciso remir o tempo (utilizar sabiamente cada dia, preparando a volta de Jesus), a fim de que haja a manifestação desse reino.
Apóstolos
Da multidão que seguia Jesus, muitos se tornaram Seus discípulos e dentre eles, o Senhor escolheu 12 para serem apóstolos, os quais foram por Jesus conduzidos, aperfeiçoados e incumbidos para pregar o evangelho do reino (Lc 6:13; Mc 3:14). Mesmo depois de crucificado, morto e ressuscitado, Jesus se apresentou aos apóstolos, aparecendo-lhes durante 40 dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus (At 1:3). E, antes de ser elevado às alturas, deu-lhes ordem para permanecerem em Jerusalém e ali aguardar até que descesse sobre eles o Espírito Santo (At 1:4,8), momento esse conhecido como dia de Pentecostes, em que o Espírito Santo demonstrando o Seu poder veio como um vento impetuoso sobre 120 discípulos oriundos da Galileia (At 1:15). Além disso, “apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles” (At 2:3), capacitando essas pessoas de origem humilde, sem muita educação formal, a pregar o evangelho em um idioma que nunca haviam aprendido. Os moradores de Jerusalém, vendo aquilo, ficaram impressionados e perguntavam: “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandeza de Deus?” (At. 2:11). Tal milagre se deu para que esses moradores de Jerusalém, que tinham coração endurecido, aceitassem Jesus como o Messias e o Filho de Deus, pois foram eles próprios que, 50 dias antes, haviam pedido a Pilatos a crucificação de Cristo (Mt 27:22).
Evangelização
Ao ver que parte do povo, por falta de visão espiritual, acusava os discípulos de estarem embriagados (At 2:13), Pedro levantou-se com os demais apóstolos e disse aos judeus e a todos os que habitavam em Jerusalém que Deus estava cumprindo o que tinha prometido através do profeta Joel: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos...e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Muitos creram e foram batizados com a pregação de Pedro, que exortava: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2:38). Quando cremos e invocamos o nome de Jesus (que significa Jeová Salva ou a salvação de Jeová), somos, pois, salvos e ganhamos a vida divina (Jo 20:31). Aleluias!
Perseguição
A partir de Pentecostes, os 12 apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo, que deu a eles ousadia para falar a palavra de Deus (At 3:6; 4:7, 12, 30). Quando estavam diante dos anciãos e das autoridades do povo, não temiam ser açoitados e presos; tampouco foram intimidados por suas ameaças, caso continuassem a ensinar e a falar do nome de Jesus. Ao contrário, regozijavam-se por serem considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus (5:28, 40-41), inclusive Estevão morreu apedrejado após uma pregação (At 7:59-60). Ele foi um dos 7 diáconos, cheios do Espírito Santo e da palavra de Deus, que foram escolhidos para ajudar na administração da igreja, a fim de que os apóstolos pudessem ficar mais livres para se dedicar à oração e ao ministério da palavra (At 6:4). O jovem fariseu Saulo, que se considerava irrepreensível (At 7:58b; 8:1), era seguidor de Gamaliel, doutor na lei de Moisés (At 5:34), mas sendo testemunha ocular do apedrejamento de Estêvão, consentiu na morte dele, pois Saulo havia sido convocado pelos líderes do judaísmo para prender os cristãos, acreditando estar servindo a Deus (At 8:3). Ele ficou conhecido como o que “exterminava em Jerusalém os que invocavam o nome de Jesus” (At 9:21) e todos os cristãos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria (At 7:58; 8:1; 9:1-2).
Igrejas
Para que um cristão pudesse invocar publicamente o nome do Senhor, tinha, portanto, de sair de Jerusalém. Dessa forma, igrejas foram levantadas de cidade em cidade, onde havia liberdade para invocar o nome do Senhor, por conseguinte puderam entrar na presença do Espírito, buscando autoridade espiritual (1 Co 12:3), para manifestar Deus em poder e palavras (At 8:1; 11:19; 22:10). “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33:3). Invocar o nome do Senhor é como beber de rios de água viva; é como tirar água das fontes da salvação (Is 12:3-4). Sabemos que “perto está o Senhor de todos os que O invocam, de todos os que O invocam de verdade” (Sl 145:18), sendo rico para com todos eles (Rm 10:12).
Transformação
É grande a importância que o Senhor dá à prática de invocar o Seu nome, haja vista que Jesus transformou a vida de Saulo, considerado o maior perseguidor dos cristãos, em um pregador que levava as pessoas a invocar o nome do Senhor (1 Co 1:2; 2 Tm 2:22). Aparecendo como em um resplendor de luz, disse Jesus: “Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Saulo foi iluminado pela luz do 4º dia da criação (At 9:3; Gn 1:14-19) a ponto de o Senhor, através de uma visão, dizer ao seu discípulo Ananias a respeito de Saulo: “...este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9:15-16). Saulo negou a própria vida da alma e em 3 dias mudou radicalmente seu viver, inclusive em vez de se chamar Saulo, que significa grande, passou a se chamar Paulo, o pequeno, mas grande servo de Deus! Amém!