Semeando a Semente do Evangelho

01/07/2013 10:42

 

"Porque também a nós foram anunciadas as boas novas..." Hebreus 4:2a

Semeando a Semente do Evangelho

Um ministro da palavra de Deus falando a uma audiência sobre o valor da semente do evangelho, disse: “Pais, tenho vinte anos que aceitei o Senhor Jesus como meu Salvador pessoal. E posso testemunhar diante de vocês que não consigo imaginar ser uma pessoa diferente do que eu sou hoje.


Às vezes faço o exercício mental de pensar o que eu seria, o que estaria fazendo e o que eu estaria esperando nessa vida se não fosse um cristão. O sentimento resultante da experiência é terrível, chego a ficar sem fôlego e sinto as trevas me dominarem. Depois da sensação de nulidade, vazio e de completa desesperança abro os olhos e louvo a Deus por ter me achado e me aceito como um de seus filhos. Hoje, sei o quem sou, onde estou, o que estou fazendo e esperando. A certeza que tenho com relação a tudo isso está vinculada a Cristo.


Bem, como disse, tornei-me um cristão a vinte atrás e ao que tudo parece minha vida começou a partir dessa data. Mas preciso contar onde verdadeiramente tudo isso começou, onde está o gênesis da minha vida cristã.


O que aconteceu a vinte anos foi o surgimento de um broto que foi semeado treze anos antes. Eu tinha por volta de oito anos de idade quando pela primeira vez fui levado a uma reunião cristã. Foi meu pai que me levou. Quando entrei por aquela grande porta que me conduzia ao salão de reuniões fiquei impressionado. Senti que o ambiente era um lugar separado por Deus. Vi homens e mulheres, moços e moças, pais e filhos, todos com uma expressão de contentamento e de muita satisfação por estarem ali.


Eu, junto com outras crianças, fomos levados para as irmãs professoras que iriam cuidar de nós enquanto a reunião no salão principal ocorria com os adultos. Foi nos dado personagens bíblicos para pintarmos e depois algumas histórias foram contadas. Eu nunca tinha visto aquilo, tampouco sentido o que eu estava sentido.


Depois de um tempo, os adultos começaram a cantar um hino que dizia: ‘Firmes nas promessas do meu Salvador, cantarei louvores ao meu Criador; fico na dispensação do Seu amor, firmes nas promessas de Jesus. Firme, firme, firmes nas promessas de Jesus, o Cristo; firme, firme, sim, firme nas promessas de Jesus...’ e, de onde estava, ouvia enquanto pintava e aquelas belas histórias narradas com tanta fé pelas amadas irmãs.


Acredito piamente que Deus usou meu pai para me levar àquela reunião e também acredito que Cristo, como o Semeador, semeou a semente do evangelho em meu coração.


Até atingir meus vinte anos de idade nunca mais participei de outra reunião. Percebam que aqui temos um intervalo de doze anos. Daquele dia até o que dia da minha conversão eu continuei fazendo tudo que uma criança, um adolescente e um jovem faz: brinca, estuda, vê TV e muitas travessuras. Mas confesso que nesse intervalo ouvi várias e várias vezes aquele hino sendo tocado dentro mim. Parece que Deus apertava a tecla play para a música voltar novamente.


Sinto que todo aquele quadro composto pelo ambiente, as professoras irmãs e aquele bendito hino cuidaram de preparar meu coração para mais tarde o Espírito Santo convencer-me do pecado, da justiça e do juízo. Tudo isso foi suficiente para minha vida ser marcada e gerar a certeza em meu interior que havia algo muito, muito maior.


Incentivamos os pais a gastarem tempo com seus filhos, lendo trechos da Bíblia, cantando hinos a eles e proclamando as promessas de Deus a seu espírito. Lance apenas a semente e ore, não sabemos ao certo quando tempo a semente precisará para brotar. Mas de uma coisa temos certeza: uma palavra, um hino, a lembrança de terem visto seus pais orando por eles virão à mente durante todo o tempo até que um dia, o Senhor, ao querer usar sua misericórdia, resolva os chamar para pertencerem a ele para todo o sempre.


Hoje, depois de trinta e cinco anos do ocorrido, ainda continuo a cantarolar aquele belo hino. Amém.


Jornal Árvore da Vida, nº221, publicado pela editora Árvore da Vida