Simplicidade e Pureza
"Porque também a nós foram anunciadas as boas novas..." Hebreus 4:2a
Simplicidade e Pureza
O homem foi criado para receber Deus como vida. Por esse motivo o Senhor colocou no meio do jardim a árvore da vida, que representa Deus como vida. Ele quer ser recebido por nós como alimento. Todas as árvores que Deus plantara no Éden eram para alimento do corpo do homem, mas a árvore da vida, que estava no meio do jardim, era para alimento de seu espírito e de sua alma. No Evangelho de João, revela Jesus: “Eu sou o pão da vida” (6:48) e “Quem crê em mim tem a vida eterna” (v.47). E ainda: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne” (v. 51).
Ao crer em Jesus, o homem recebe a vida de Deus e precisa continuamente se alimentar dela, para crescer até a maturidade. Assim a vida divina será a fonte de nosso viver e responsável por nossos caminhos. Essa vida fará a obra de Deus, pois é a única capaz de realizar Sua vontade, e nos capacitará a reinar com Ele. Tão somente ela requer do homem simplicidade e pureza com relação a Deus e obediência a Suas palavras.
Não nos esqueçamos, porém que Satanás, com sua sagacidade, enganou Eva, conforme as palavras do apóstolo Paulo aos coríntios: “Mas creio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Co 11:3). O alvo do ataque do inimigo de Deus é a mente. Quando ele a corrompe, nossa emoção e nossa vontade são facilmente tomadas. A mente é enganada com a pseudocapacidade de julgar o bem e o mal; ela fica fora do controle do espírito, autônoma e extremamente aguçada.
Como conseqüência, o homem perde a simplicidade e a pureza que são devidas a Cristo. Nossa relação com Ele deve ser sempre de confiança total e cega, sem nenhuma dúvida nem receio com relação a Sua palavra. A tudo o que Ele disser, diremos simplesmente sim e amém. Acontece que, com a queda, a mente perdeu a simplicidade e se aliou a Satanás na disputa pela autoridade. Por isso o profeta Isaías, depois de considerar nossas justiças como trapo de imundície, admite: “Já ninguém há que invoque o teu nome...” (64:7). Nós, porém, não queremos nunca perder a simplicidade, por isso invocamos continuamente o nome do Senhor com os de coração puro e repelimos as questões insensatas e absurdas, que só engendram contendas (2 Tm 2:22-23).
Trechos extraídos do livro “A Genuína Autoridade e Submissão”, de Dong Yu Lan, publicado pela editora Árvore da Vida.