Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele (1 J o 2:15). Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé (1 Jo 5:4).
Gn 10:9; 11:4; 12:1, 10-20; 13:3-4; Js 24:2b; At 7:2
Adão e Eva, reconhecendo a condição de fragilidade em que se encontravam, deram início à prática de invocar o nome do SENHOR. Tempos depois, entre seus descendentes, surgiu um homem chamado Ninrode. A Bíblia diz que ele foi um valente caçador diante do SENHOR (Gn 10:9), ou seja, no início de sua vida ele agia diante de Deus, por isso obteve sucesso. Entretanto Ninrode edificou uma cidade chamada Babel, e ali os homens pretendiam edificar uma torre cujo topo chegasse aos céus a fim de tornar célebre o próprio nome (11:4).
Essa era mais uma consequência de se ter comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Por viver independentemente de Deus, centrado em si mesmo, o homem abandona o nome do Senhor e trilha caminhos de trevas, desolação e violência.
Vendo a torre que os homens construíam para exaltar o próprio nome, Deus decidiu intervir. Ele já havia feito uma aliança com Noé, prometendo não mais usar as águas do dilúvio para julgar o homem. Então, para impedir aquela edificação, Deus confundiu a linguagem do povo e o dispersou pela terra.
Dentre os que foram dispersos, um grupo se instalou na Mesopotâmia, na região da Caldeia. Esse povo se tornou idólatra e não invocava o nome do SENHOR (Js 24:2b). Entretanto Deus escolheu um homem do meio dessas pessoas; seu nome era Abraão (At 7:2).
Deus tirou Abraão ainda jovem da Caldeia. Ele foi conduzido por seu pai, Tera, para fora daquela terra de ídolos rumo à terra de Canaã. Partindo dali, foram só até Harã, onde ficaram (Gn 11:31). O SENHOR apareceu a Abraão ali e lhe disse que deixasse sua terra, parentela e a casa de seu pai e fosse para a terra que lhe mostraria (12:1).
Trazendo essa situação para nossa vida cristã hoje, percebemos que não devemos ficar presos ao mundo (1 Jo 2:15). É importante relembrarmos que o inimigo de Deus usa três aspectos do mundo a fim de prender o homem. O primeiro deles é a religião. Muitos não veem mal nas religiões, pois ensinam o bem, entretanto a verdade é que a religião afasta o homem do verdadeiro propósito de Deus para a humanidade. O segundo aspecto pelo qual Satanás escraviza o homem é o mundo do pecado, representado por Harã, região da Assíria.
O desejo de Deus, porém, era livrar Abraão do mundo do pecado e conduzi-lo à terra de Canaã. Ao chegar ali, ele edificou um altar e invocou o nome do SENHOR, restaurando, assim, essa prática (Gn 12:8).
O livro de Deuteronômio relata que Canaã era a boa terra, onde nada faltaria (Dt 8:7-10). Entretanto, nos tempos de Abraão, a chuva cessou, por isso faltou alimento. Essa foi uma grande prova para Abraão. Permanecer em Canaã seria prova evidente da fé de Abraão, certo de que Deus cuidaria de suas necessidades. Contudo ele desceu para o Egito, que representa outro aspecto que prende o homem, o mundo do sustento, pois ali havia fartura de alimentos em razão das cheias anuais do rio Nilo. De lá, porém, Abraão saiu envergonhado e expulso pelo próprio Faraó. De volta a Canaã, ele foi até o lugar onde edificara um altar e ali invocou novamente o nome do Senhor (Gn 12:10-20; 13:3-4).