ESCLARECENDO AS VERDADes

O bom Samaritano

Perguntas:

1ª Com base na parábola do bom Samaritano (Lc. 10:25-37), A vida Eterna é obtida pela obras?

Respostas:

1ª Não! A Bíblia nos diz que a vida eterna é dada segundo a fé e não segundo as obras.

- Em todo o Novo Testamento existem mais de quinhentos exemplos onde palavras tais como: “Crê… e serás salvo”, “Crê… Tem a vida eterna”, “Crê… será justificado”, são usadas.

- O doutor da lei em Lucas 10 perguntou: “Que farei para herdar a vida eterna?” Porém, o Senhor devolveu-lhe a seguinte pergunta: “Que está escrito na lei? Como interpretas?

Lc. 10:25 E eis que certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova e disse-lhe: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

Lc. 10:26 Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas?

Lc. 10:27 A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

28 Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.

- A lei ensina duas coisas:

(1) Amar a Deus, (2) Amar as pessoas.

- Visto que ambas são obras, não parece que a vida eterna é obtida pelas obras?

- Se a história terminasse aqui no versículo 28, a questão da vida eterna seria na verdade um quebra-cabeças. Mas graças a Deus, a história continua até o versículo 37.

Lc. 10:29 Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?

30 Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.

31 Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo.

32 Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo.

33 Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.

34 E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.

35 No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.

36 Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?

37 Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.

- O doutor da lei perguntou: “E quem é o meu próximo?’ Ele conhecia a Deus mas não sabia quem era o seu próximo.

- Em resposta a esta pergunta, o Senhor falou sobre um homem que caiu nas mãos dos assaltantes.

- Um sacerdote e um Levita passou por perto sem salvá-lo. Ambos representam as obras e os serviços da Lei.

- Somente um Samaritano veio para salvá-lo e o fez completamente.

Lc. 10:36 Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?

- O que o Senhor queria dizer era: Voçe é aquele que caiu nas mãos dos salteadores; agora, qual destes três é o teu próximo?

Lc. 10:37 Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.

- Aqui nos é mostrado claramente que o Senhor não pediu ao doutor da lei para ir e ser um bom samaritano; pelo contrário, Ele o levou a conhecer que seu próximo era o bom Samaritano. Em outras palavras, foi o Samaritano quem o salvou. Resumindo, este bom Samaritano era o salvador do doutor da lei.

- Aquele que caiu nas mãos dos salteadores é um pecador. O próximo do pecador é o Salvador do pecador. Amar ao próximo é amar ao Salvador.

- Ter vida eterna é confiar no Salvador; e não confiar em si mesmo como Salvador.

- Esta não é uma passagem para nos ensinar a tratar bem as pessoas.

- O Próximo a ser amado é o próprio Senhor Jesus.

- As pessoas amam ao Senhor porque têm a vida eterna; elas não recebem a vida eterna porque amam ao Senhor.

- Esta passagem da Escritura nos mostra muitas coisas:

(1) O homem é caído, (2) não pode salvar a si mesmo, (3) O Salvador já veio, e (4) Se alguém aceita Sua salvação será salvo e por sua vez O amará.

- O erro que muitos cometem é tentar fazer de si mesmos seu salvador. Eles não conhecem o evangelho da graça. Devemos reconhecer que o Senhor quer que amemos o bom Samaritano, e este não é outra pessoa senão o próprio Senhor Jesus.

Mt. 22: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?

37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.

38 Este é o grande e primeiro mandamento.

39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Gl. 5:14 Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

O Crente e a Lei

Perguntas:

1ª Qual a relação de ter Cristo guardado a Lei com a nossa Salvação?

2ª Os crentes devem guardar a lei?

Respostas:

1º O cumprimento da lei por Cristo tem apenas um relacionamento indireto com a nossa salvação.

- O cumprimento da lei por Cristo dá a Ele a justiça que O qualifica para ser o Salvador.

- Cristo nos salva por Sua morte – Ele sofreu por nós a penalidade imposta pela lei. Ele não nos salva pelo Seu cumprimento da lei. É a morte de Cristo que nos salva.

- É a justiça que Ele cumpriu por Sua morte e não a justiça que Ele tem em vida. Sua justiça pessoal é toda para Ele mesmo.

2ª Não. Os crentes não devem guardar a lei porque eles não estão sob a lei.

Rm. 6:14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

- A salvação é por meio da graça mediante a fé.

Rm. 3:28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.

29 É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios,

30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso.

31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.

- Tornamos a lei então sem nenhum efeito por meio da fé? A resposta do Apóstolo Paulo é Deus proíbe dizer isso.

- Nos primeiros três capítulos de Romanos, Paulo nos mostra que tanto os gentios como os judeus são pecadores. Portanto, ninguém é justificado pelas obras da lei.

Rm. 3: 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

Rm. 2:21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;

Rm. 3:25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;

Rm. 3:26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus

- Ser justificado significa mais do que ser perdoado ou não reconhecido como pecaminoso; significa ser contado como justo. Deus nos dá esta justiça em Cristo Jesus. Por causa da morte e ressurreição de Cristo nós entramos na posse dessa justiça.

- Romanos 3:31 nos diz algo muito importante que precisamos esclarecer.

Rm. 3:31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.

- Como estabelecemos a lei pela fé?

- A Lei fez apenas duas exigências:

(1) A Lei ordena que todos façam o bem; (2) A Lei condena a todos os que não fazem o bem

- A Lei deve ser cumprida nessas exigências.

- À parte do Senhor Jesus não existe nem sequer uma pessoa que possa guardar a Lei. Até Moisés, o doador da lei, não a guardou totalmente.

- A Lei ordena a morte para todos os que não a guardam.

A pergunta anterior foi: Como podemos estabelecer a lei pela fé?

- Nós os crentes confessamos que não guardamos a lei e que pecamos, mas também declaramos que já morremos. Visto que em Cristo já fomos julgados e amaldiçoados pela lei, nós não destruímos a lei, mas antes, pela fé a estabelecemos.

- Embora não possamos estabelecer a Lei guardando-a, a estabelecemos por FÉ, morrendo. Em Cristo já morremos.

- Podemos concluir que realmente os crentes não estão debaixo da lei por duas razões:

(1) Já morreram, e (2) Já ressuscitaram. Isto é provado em Romanos 7:1-6.

Rm. 7:1 Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida?

2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal.

3 De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.

4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.

5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.

6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.

- Nesta passagem o marido é tanto a Lei como a carne.

- Antes que alguém creia no Senhor, ele está ligado pela lei. Como pode ser liberado? Só através da morte.

- Visto que morremos em Cristo, estamos livres da Lei.

- Romanos nos informa que nenhum pecador pode ser justificado por guardar a lei; Gálatas nos ensina que nenhum santo pode ser santificado pelas obras da lei.

- Assim como começamos na graça, assim seremos aperfeiçoado por meio da graça. Como a justificação é pelo Espírito Santo, a santificação também é pelo Espírito Santo.

O significado de Hb. 6:4-8

Perguntas:

1ª A classe de Hb. 6:4-8 perecerá?

Respostas:

- Leiamos os versículos de 1 a 8 de Hebreus capítulo 6.

Hebreus

Capítulo 6

Versão João F. Almeida Revista e Atualizada

1 Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,

2 o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.

3 Isso faremos, se Deus permitir.

4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,

5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,

6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.

7 Porque a terra que absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus;

8 mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada.

- Muitos depois de ler os versículos 6 e 8 concluem que os que estão nesta classe não podem ser salvos.

- Vamos ver de quem o texto está falando: São aqueles que abandonam a verdade após experimentarem quatro coisas:

(1) uma vez foram iluminados,

(2) provaram o dom celestial,

(3) se tornaram participantes do Espírito Santo,

(4) provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro.

- Para estes o resultado será: rejeitados e perto da maldição, cujo fim é ser queimado.

- Aqui não esta falando de pessoas não salvas nem tão pouco dos salvos que devido a isso vão perder a salvação.

- E se não é um texto que respalda a perda da salvação, do que mesmo esse texto quer tratar? Para isso, devemos compreender primeiro qual é o assunto tratado no livro de Hebreus.

- Hebreus nos fala de “prosseguir” e nosso progresso neste prosseguir é duplo:

(1) Os cristãos devem crescer,

(2) Os que ensinam aos outros devem crescer também.

- Temos que conhecer o Senhor progressivamente e os que ensinam aos outros também devem ensinar a verdade mais avançada; Isto é, não devem ensinar apenas sobre a salvação inicial, mas também ensiná-los a desenvolver a salvação para o crescimento da vida de Deus neles.

Os. 6:3 Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.

Fp. 2:12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;

Ef. 4:15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

Ef. 4:13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,

1 Pe. 1:9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.

- Lamentavelmente os crentes hebreus estacionaram na fé. Eles não cresceram. Permaneceram como crianças espirituais que necessitam de leite.

Hb. 5:11 A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir.

12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.

13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.

14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.

- Depois do capítulo 6, a palavra é endereçada aos que ensinam. Que não se limitem aos seis (6) pontos da doutrina elementar que são: arrependimento de obras mortas, fé para com Deus, ensino de batismos, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno.

- Assim podemos ver claramente que Hebreus 6:1-8 não trata com o problema da salvação ressente e sim com o problema da salvação progressiva. O alvo da epístola aos Hebreus é apontar para o progresso, o crescimento de vida dos salvos e não para a salvação no seu aspecto inicial.

- Muitos cristãos não prestam atenção à verdade a respeito da igreja ou à respeito do reino; seus olhos estão fixos exclusivamente na salvação, como se fosse tudo. Mas a Bíblia não se dentina só ao assunto da salvação; ela nos fala também da igreja que é a manifestação do reino dos céus na terra, do reino vindouro, dos que vão reinar com Cristo e da disciplina dos crentes que não cresceram em vida.

- Agora com a clareza do que trata a epístola aos Hebreus, podemos entender o texto de Hb. 6:1-8.

- Vamos dividir em três partes:

(a) Versículos 1-3, “não de novo”;

(b) Versículos 4-6, “impossível”;

(c) Versículos 7-8, “não devem”.

- Não de novo refere-se a seis coisas: arrependimento de obras mortas, fé para com Deus, ensino de batismos, imposição de mãos, ressurreição dos mortos e juízo eterno. Somos informados a “não lançar de novo o fundamento”. Estes seis pontos são verdades fundamentais. Visto que o fundamento já foi lançado, não há necessidade de lançá-lo novamente. Que jamais construirá uma casa lançando o fundamento o tempo todo? Depois que o fundamento é lançado a obra deve prosseguir.

- Impossível: “Uma vez”, no versículo 4, refere-se a um fato histórico. “Novamente”, no versículo 6 é a mesma palavra “novamente” do versículo 1. A conjugação coordenada “e” nesta parte, englobo 4 coisas: uma vez iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro. De modo que, o que se diz aqui é que se alguém experimentou estas quatro coisas, é impossível que ele seja renovado novamente para o arrependimento, se cair. Ele apenas caiu, mas não deixou o curso que seguia. Visto que sua direção ainda está correta, como pode renovar seu arrependimento, crucificar de novo o Filho de Deus e expô-Lo à ignomínia? O escritor aos Hebreus, declarou, que eles não necessitavam lançar de novo o fundamento. Embora alguém possa estar nas condições dos versículos 4-6, numa situação em que realmente pecou, é impossível ser renovado para arrependimento. Arrependimento aqui, trata-se do arrependimento como fundamento. O novo nascimento é uma única vez, como o nascimento natural. Imagine, todas as vezes que nós errássemos com nossos pais, nossas mães tivessem de nos dá a luz novamente, é impossível. É a mesma coisa no mundo espiritual.

- Isto não indica que não se deve se arrepender de novo; a afirmação é que ninguém pode retornar à posição do fundamento e ser renovado para arrependimento. Esta então é a grande diferença. Preste bastante atenção na palavra “novamente” – renovar outra vez para arrependimento, lançando novamente o fundamento do arrependimento. Não de novo porque é impossível.

- Esta passagem, portanto, não nos ensina que se alguém cair depois de ter recebido tantos benefícios espirituais, deve renovar seu arrependimento original e lançar de novo a fundamento. A regeneração só acontece uma vez.

- Se você caiu no caminho, apenas se arrependa e der continuidade a sua vida com o Senhor de onde você. Não há necessidade de você ir lá no começo, para ter o arrependimento fundamental para nascer de novo para recomeçar.

- Não Devem. O significado dos versículos 7 e 8 é que não devemos continuar a cair, nem a pecar, para não parecer que estamos crucificando de novo o Filho de Deus e expondo-O à ignomínia. Se assim fizermos, seremos por certo disciplinados. Por isso não devemos fazê-lo.

- Alguns afirmam que se alguém pecar depois de ser salvo, perde a salvação. Outros crêem que depois que alguém é salvo não será punido a despeito de qualquer pecado que cometa. Os dois pontos de vista estão errados. Deus espera que uma pessoa salva cresça em vida. Assim como ninguém pode retornar ao ventre da mãe e nascer de novo, após ter vivido uma vida má durante décadas, assim também espiritualmente ninguém pode voltar para lançar o fundamento, se vier a cair. Mas, o que acontecerá com o crente se continuar fazendo coisas más? Serão três as conseqüências: (1) rejeitado, (2) perto da maldição, e (3) ser queimado.

(1) rejeitado: Esta é a mesma palavra encontrada em 1 Co. 9:27

1 Co. 9:27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.

- Nesse versículo, Paulo não está em perigo de se tornar um não salvo. O que ele teme é perder a coroa e o reino, que é o galardão.

- Ser rejeitado por Deus não significa que uma pessoa perdeu a vida eterna ou não seja salva. Deus apenas a põe de lado e, desse modo, torna-se sem utilidade. Deus disciplinará os crentes que continuam nos pecados, deixando-os fora da glória no milênio, nas trevas exteriores, sem qualquer parte no reino milenar. Este é o significado de Mateus 25:30.

Mt. 25:30 E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.

(2) Perto da Maldição: Aqui diz perto da maldição e não a maldição em si mesma. Ser amaldiçoado. Isto mostra que haverá uma disciplina. Um certo grau de punição para os crentes que vivem pecando.

(3) Ser queimado: Isto se encaixa bem com 1 Co. 3:15.

1 Co. 3:15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.

- Tal pessoa é como uma lata de lixo viva, onde muitas coisas impuras estão colocadas e que serão purificadas pelo fogo.

RESUMINDO: Hebreus 6:1-3 afirma que o fundamento não deve ser lançado de novo; os versículos de 4 a 6 explicam que é impossível lançar de novo o fundamento de onde o crente caiu, mas que ele deve se levantar, pois não é possível retornar ao princípio e renovar seu primeiro arrependimento; e os versículos 7 e 8 concluem que ninguém deve comportar-se mal porque certamente haverá disciplina se ele persistir.

O Sangue e a Cruz: Significado e Resultados

Perguntas:

1ª Em toda a Bíblia quem faz exigência do sangue?

2ª Nossos pecados são cobertos (Rm. 4:7) ou tirados/aniquilados (Hb. 9:26)? Onde está a diferença?

3ª Somos purificados dos nossos pecados – uma ou muitas vezes?

4ª Qual é a diferença entre o significado e o resultado do sangue e da cruz?

Respostas:

1ª É Deus mesmo:

- Segundo a Justiça de Deus, o pecado deve ser julgado e punido.

- A lei de Deus exige morte ou derramamento de sangue com respeito àqueles que pecam.

- No A.T. Ele não perdoou os filhos de Israel usando a misericórdia. Se Ele tivesse feito assim, teria sido injusto.

Hb. 9:22 Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão

- Deus só pode perdoar quando alguém vem a Ele com o sangue. Isso é a Justiça de Deus.

- Embora Deus seja misericordioso e gracioso e tenha prazer em perdoar, Ele, não pode perdoar sem o sangue. O sangue é absolutamente necessário para o perdão de Deus. Ele é um Deus justo.

- O Senhor Jesus derramou Seu precioso sangue para propiciar a exigência da lei de Deus. Somos salvos não só porque Deus tem graça, mas também porque Ele tem justiça. Só o sangue dá satisfação a Deus e nos concede purificação diante Dele.

- O sangue espargido sete vezes diante de Deus é para satisfazer ou propiciar a justa exigência de Deus, e assim Ele é capaz de perdoar o pecado do homem.

Lv. 7:4 Trará o novilho à porta da tenda da congregação, perante o SENHOR; porá a mão sobre a cabeça do novilho e o imolará perante o SENHOR

5 Então, o sacerdote ungido tomará do sangue do novilho e o trará à tenda da congregação;

6 e, molhando o dedo no sangue, aspergirá dele sete vezes perante o SENHOR, diante do véu do santuário.

7 Também daquele sangue porá o sacerdote sobre os chifres do altar do incenso aromático, perante o SENHOR, altar que está na tenda da congregação; e todo o restante do sangue do novilho derramará à base do altar do holocausto, que está à porta da tenda da congregação.

- Em Lv. 14:7 diz que o sangue deve ser espargido sete vezes sobre o leproso. Por que?

Lv. 14:7 E, sobre aquele que há de purificar-se da lepra, aspergirá sete vezes; então, o declarará limpo e soltará a ave viva para o campo aberto.

- Isto é para nos dizer que, embora o leproso esteja curado, ele está purificado apenas diante dos homens. Ser purificado diante de Deus exige a aplicação do sangue. Depois que o leproso é curado, ele será aceitável ao homem; mas permanece imundo diante de Deus até que o sangue seja espargido nele.

2ª Nossos pecados são tirados/aniquilados, e não cobertos.

Hb. 9:26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.

- Por que Romanos 4:7 diz coberto?

Rm. 4:6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras:

Rm. 4:7 Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;

- 1º Devemos saber que esta é uma citação do Salmos 32:1: Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. A palavra hebraica para expiação é Kafar, que no Antigo Testamento significa cobrir.

- 2º É o unico lugar no N.T. É uma referência ao período do Antigo Testamento, onde os pecados eram realmente cobertos, até serem aniquilados pela morte do Senhor Jesus.

Hb. 9:15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

Jo. 1:29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

3ª A purificação dos pecados é feita apenas uma vez

- Vamos ler alguns versículos embasar a nossa resposta:

Hb. 1:3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,

- Esse versículo nos diz que a obra de purificação dos pecados já foi realizada.

Hb. 7:27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.

Hb. 9:12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Hb. 9:25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.

Hb. 9:26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.

Hb. 10:10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.

Hb. 10:12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,

- Todas estas passagens nos mostram que os pecados são purificados uma vez.

- Uma vez derramado ele purifica os pecados para sempre. O mesmo não acontecia com o sangue de bezerros e bodes, os quais NUNCA pelos mesmos sacrifícios, ano após ano oferecidos continuamente, podiam aperfeiçoar os que se achegavam a Deus.

Hb. 10:1 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem

Hb. 10:2 Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?

Hb. 10:3 Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos,

Hb. 10:4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.

- Como podemos explicar a palavra em 1 Jo. 1:7:

1 Jo. 1: 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

- A purificação aqui contém a idéia de continuidade. Continuidade é diferente de repetição.

- Repetição é fazer algo uma e outra vez, enquanto que continuidade é fazer algo sem interrupção. O sangue do Senhor Jesus, tem valor permanente diante de Deus e é continuamente eficaz.

- Um crente recobra a paz após ter pecado, não porque o sangue o purifica mais uma vez, mas sim porque ao confessar seu pecado, ele crê que o sangue já o purificou.

- Por exemplo: um pecador precisa ser salvo. Ele é salvo por crer que Cristo já morreu por ele, ou por pedir a Cristo que venha morrer por ele novamente hoje? Sabemos sem qualquer dúvida que um pecador é salvo por crer simplesmente em Cristo que morreu por ele. Semelhantemente, precisamos perguntar o seguinte: Um crente ganha paz por crer no sangue de Cristo que purificou seu pecado, ou por pedir a Cristo que venha e derrame seu sangue mais uma vez a fim de purificar seu pecado? Naturamente que ele obtém a paz crendo no sangue de Cristo que já purificou seu pecado.

4ª Para começar, precisamos perguntar a nós mesmos o seguinte: Se nossos pecados foram tirados diante de Deus, por que ainda temos pecado em nós?

- Em muitos lugares na Bíblia é mostrado como o Senhor derramou seu sangue e em outros como nosso Senhor foi crucuficado.

- O significado e o resultado do sangue é o mesmo que o da cruz? Eles são permutáveis?

Hb. 9:22 Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.

- Podemos ler: “Sem ser crucificado na cruz não há remissão”?

Rm. 6:6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

- Podemos ler: “Sabendo isto, que nosso velho homem derramou sangue com ele”?

- Não podemos, porque eles não são permutáveis. Seus significados e efeitos são diferentes.

- Primeiramente vamos ver o significado e efeito do sangue.

- A Bíblia menciona mais de quatrocentas vezes.

Lv. 17:11 Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.

- É o sangue que faz expiação. Sobre o altar. Essa obra é diante de Deus, em favor do homem, a fim de que Deus possa considerar nossos pecados como tirados/aniquilados; Ele não purifica os pecados em nosso interior.

- O efeito do sangue é totalmente em direção a Deus. É Deus quem exige o sangue e por isso o sangue é levado diante Dele.

- E o que diz Hebreus 9:14?

Hb. 9:14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!

- Purificação aqui se refere à purificação da consciencia, e não a purificação da natureza carnal. Nossa natureza carnal NUNCA é purificada com sangue.

- O sangue só nos purifica dos nossos pecados diante de Deus. Ele apenas purifica nossa consciencia a fim de que tenhamos ousadia diante dEle.

Hb. 10:19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus,

Hb. 10:20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,

- Portanto, o sangue é levado para o céu; a cruz não é levada para o céu.

- Muitos não têm liberdade e ousadia diante de Deus porque entendem mal o efeito do sangue; eles pensam que o sangue os purifica do pecado dentro deles

- A purificação em 1 Jo. 1:7 não se aplica ao pecado no interior, como se ele purificasse até mesmo a raiz do pecado.

- Não importa como nos sintamos com respeito aos nossos pecados, se são grandes ou pequenos, grosseiros ou refinados, perdoáveis ou não perdoáveis, todos eles foram purificados diante de Deus.

Is. 1:18 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.

- Isso significa que Deus é capaz de apagar toda cicatriz e traço dos pecados como se você nunca tivesse cometido pecado. Isso é sua nova condição diante dEle. Embora você não seja bom no interior, todavia diante de Deus seus pecados são todos tirados/aniquilados de diante dos olhos dEle.

Nm. 23:21 Não viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o SENHOR, seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei.

- O pecado é tratado em duas áreas distintas: uma diante de Deus e a outra em nós. O sangue purifica nossos pecados diante de Deus, de modo que Ele não vê nada injusto conosco.

Lv. 16:30 Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR.

- Aqui diz claramente que todos os nossos pecados são purificados diante de Deus, não dentro de nós. Em relação a nós, o sangue se limita à purificação da nossa consciencia.

- O sangue limpa nossa consciencia da acusação que provém de todos os pecados que cometemos, mas ele não tira a nossa consciencia da raiz do pecado e não erradica a natureza pecaminosa em nós.

- Vamos avançar para a segunda parte da pergunta:

- Devemos ver que o significado e efeito da cruz é bastante diferente do significado e efeito do sangue:

* O sangue está diante de Deus, a cruz está em nós. O sangue resolve nosso problema do pecado, a cruz resolve o problema do velho homem. Deus nos deu a cruz para que nosso eu corrupto ou nossa carne sejam tratados.

Gl. 5:24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

- O único modo de tratar com a carne é crucificando-a.

- Assim como não podemos ter nossos pecados purificados diante de Deus pela cruz, assim também não podemos purificar nossa carne pelo sangue.

Rm. 6:6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

- Enquanto a promessa é para ser ganha por meio da oração, o fato é ganho por meio da simples fé.

- A crucificação do velho homem com o Senhor é um fato consumado. Quando cremos nisso, nenhuma tentação pode nos tocar.

Gl. 2:19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;

Gl. 2:20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.

Rm. 6:11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

- A cruz nos dá a liberação e livramento do poder do pecado, a fim de que não mais sejamos escravos do pecado.

- Enquanto o sangue remove o problema dos pecados para salvação, A CRUZ remove o problema da carne para a vitória. Ela dissolve o nosso próprio ego.

- Assim como cremos no sangue, creiamos na cruz. Precisamos crer em ambos diáriamente.

Cair da Graça

Perguntas:

1ª O que vem a ser a expressão “da graça tendes caído” (Gl. 5:4)?

Respostas:

1ª Para responder a essa pergunta, primeiro precisamos ver qual era o pano de fundo da situação das Igrejas na Galácia.

- Paulo pregou aos gálatas a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo.

- Os crentes na Galácia tiveram um bom início.

- Depois, desenvolveu-se um perigo entre eles.

- Alguns afirmavam que o início da salvação vinha por meio da fé em Cristo, pela operação do Espírito Santo e pela graça de Deus; porém, uma vez salva, a pessoa devia guardar a lei de Deus e fazer o melhor que pudesse caso desejasse merecer o agrado de Deus.

- A salvação pela fé, e para obter a satisfação de Deus, deveria fazer o bem, ou seja, guarda a lei.

- Essa era a situação dos crentes da Galácia. Eles sabiam que eram salvos pela fé, mas deveriam manter esta salvação guardando a lei: Primeiro devem ser circuncidados e depois observar as muitas ordenanças do Antigo Testamento.

- Paulo precisou repreender essas pessoas:

Gl. 5:4 De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes

- Agora podemos ter clareza do que significa cair da graça.

Gl. 5:1 Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.

- Então, se alguém se move do lugar da liberdade no qual originalmente estava, ele faz para si mesmo um jugo para carregar. Isto é visto como sendo o “CAIR DA GRAÇA”. Nada tem a ver com o ser ou não ser salvo.

- Somente aquele que foi salvo é que pode cair da graça.

- Qual é a diferença entre um cristão que é livre e outro que não é? Quando um cristão que é livre chega diante de Deus, tudo o que ele lembra é que foi aceito por Deus através do Senhor Jesus. Ele se esquece de si e nem mesmo se contempla, pois sabe que tem ousadia para entrar no Santíssimo pelo sangue de Jesus. Entretanto, um cristão que não é livre, será muito cauteloso de manhã até a noite. Se durante o dia ele trata bem as pessoas, Lê a Bíblia com alegria e ora mais longamente, ele se mostrará mais ousado quando participa das reuniões da igreja. Mas, se num dia particular ele não fizer o bem, então imaginará que Deus está descontente com ele. Tal tipo de cristão sempre volta seus olhos para o seu próprio interior, esquecendo dessa forma aquilo que Cristo já realizou. Ele presume que Deus ficará contente com ele se agir bem e descontente se não agir bem. Do amanhecer ao anoitecer ele se ocupa fazendo um jugo de ferro para si mesmo, um jugo feito das leis estritas para ele mesmo guardar.

Hb. 10:29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?

- Não devemos olhar para nós mesmos e sim para a obra de Cristo, que nos dá tal liberdade.

Gl. 5:4 De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.

- Se desligar de Cristo aqui, significa não ter as bênçãos desta vida.

- Cada vez que chegamos a Deus, a base está naquilo que Cristo é diante de Deus e não naquilo que somos diante dEle.

A graça de Deus

Pela graça sois salvos. Ef. 2:8

Nós, seres humanos, possuímos o maior dos defeitos que é: nossa tendência de medir o coração de Deus pelo nosso. Nosso coração humano é um coração de lei, não de graça. Sempre imaginamos Deus como tendo um coração como o nosso, por isso, freqüentemente O entendemos mal.

PERGUNTAS:

a) A graça é dada a quem merece, isto é, Deus exige que o homem seja bom a fim de ser salvo?

b) A graça é dada para completar o que está faltando, isto é, Deus exige que o homem faça o melhor que pode antes de ser salvo?

c) A graça é negada por causa da falta de méritos, isto é, Deus pode recusar salvar uma pessoa porque ela não é boa?

d) A graça é menos dada ao que menos merece, isto é, pode Deus recusar salvar um homem porque ele não é tão bom quanto outro?

e) A graça faz daquele que recebe um devedor?

f) A graça absorve diretamente o pecado do pecador, isto é, pode Deus perdoar livremente alguém por causa de compaixão pelo pecador?

g) A graça absorve diretamente o pecado do crente, isto é, pode Deus perdoar livremente alguém por causa do amor pelo crente?

RESPOSTAS:

a) A GRAÇA NÃO É DADA A QUALQUER QUE MEREÇA.

_ Precisamso entender o que é graça.

Rm. 4:4 - Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida.

Ef. 2:8 - Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

Rm. 3:24 - sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,

Jo. 15:25 - Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo.

Gl. 3:22 - Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem.

Rm. 11:32 - Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.

b) A GRAÇA NÃO É DADA PARA COMPLETAR O QUE ESTÁ FALTANDO NO HOMEM.

Ef. 2:9 - não de obras, para que ninguém se glorie.

_ Necessidade de boas obras não para salvação

_ Ele teria algo do que se gloriar

_ A graça não é suplementar ao que falta ao homem

_ Não é uma gratificação ou recompensa

_ A questão de merecimento ou dignidade de alguém

_ Ou totalmente pela lei ou totalmente pela graça. O jovem rico.

Mt. 19:22 - Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.

_ Isto é assim, porque o Senhor Jesus já morreu.

Is. 53:6 - Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

_ A obra de Cristo seria subvertida como se Ele tivesse morrido em vão.

c) A GRAÇA NÃO É NEGADA POR FALTA DE MÉRITO.

_ O assunto é abordado negativamente

_ Pelo contrário, a graça é dada por causa da indignidade do homem

_ O homem precisa conhecer seu total desamparo

_ É a única condição para Deus conceder Sua graça

_ A graça constrange você a concordar que é a pior pessoa.

d) A GRAÇA NÃO É MENOS DADA AO QUE MENOS MERECE.

_ Deus não faz vista grossa ao problema do pecado

_ Através do seu filho, Ele tratou de forma completa

_ todos os homens são iguais

_ A graça é para todos, aqueles que se consideram razoavelmente bons e para os piores pecadores

_ Ex. Dos Cálices quebrados:

Rm. 3:23 - pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,

e) A GRAÇA NÃO FAZ DAQUELE QUE RECEBE UM DEVEDOR

_ Emprestimo e débito

_ Salário é dado com base nas obras

_ Salvação não é algo que Deus nos empresta

_ A graça não exige nada, seja no passado, no presente ou futuro.

_Existe uma idéia errônea de depois, o homem deve manter a salvação por si mesmo. É um presente.

Rm. 6:23 - porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

_ Não precisa ser reembolsada

_ O cristão precisa ter boas obras e servir a Deus com fidelidade, mas, o motivo é o amor de Cristo

_ Assim como a salvação não é um emprestimo, nosso serviço não é um pagamento

_ Não é uma compra feita na base da prestação

_ É um presente não uma compra.

f) A GRAÇA NÃO ABSORVE DIRETAMENTE O PECADO DO PECADOR.

_ Deus não perdoa os pecados por causa de sua liberalidade

_ Ele não passa por cima dos pecados

Rm. 5:21 - a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.

_ O pecado reina por si mesmo, mas a graça reina através da justiça. Ela não reina por si mesma

_ Deus tem graça e justiça

_ Deus protege a nossa salvação com justiça

_ Deus não foi negligente com o pecado do homem

_ O amor de Deus, sem a sua Justiça, não exigiria a cruz de Cristo

_ Deus entregou seu Filho, para levar os pecados de todos sobre a cruz. Isto é a graça de Deus.

_ A graça soluciona primeiro o problema do pecado antes de absorver o pecador

_ O homem é considerado pecador, porque?

1º Sua conduta é má

2º Sua natureza é corrompida

3º A justa lei de Deus assim decretou

Assim, Deus precisa para salvá-lo:

1º Perdoar os pecados de sua má conduta

2º Regenerá-lo, dando uma nova vida

3º Justificá-lo

_ Somos perdoados porque a ira de Deus sobre o pecado já foi descarregada sobre o Senhor Jesus.

_ Podemos louvar e agradecer a Deus.

g) A GRAÇA NÃO ABSORVE DIRETAMENTE O PECADO DO PECADOR.

_ Se o crente incidentalmente pecar, ele pode arrepender-se do seu pecado

_ Ele ganha o perdão não é pela muita súplica, mas, crendo no Cristo fez na cruz.

_ Deus é justo, pois o Senhor já morreu na Cruz

_ O Crente precisa está claro de quatro pontos:

1º Que ele recebe o perdão pela confissão do seu próprio pecado.

1 Jo. 1:9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

2º Que o perdão é válido para todo pecado. Observe: todo pecado e toda injustiça.

1 Jo. 1:7 - Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

3º Que Deus já deseja perdoá-lo antes que ele ore, porque o Senhor Jesus atua como o Advogado junto ao Pai.

1 Jo. 2:1 - Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;

1 Jo. 2:2 - e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.

Justo4º Que, de um lado, Deus nos perdoa e purifica por causa de sua fidelidade e justiça, e de outro, por Jesus Cristo.

Transgressão e Iniqüidade; Pecado e Pecados; Pecado Imperdoável.

PERGUNTAS:

1ª) Existe alguma diferença entre transgressão e iniqüidade na Bíblia?

2ª) Como os termos pecado e pecados são usados diferentemente?

3ª) Como tratamos com os pecados ( no plural)?

4ª) Como tratamos com o pecado ( no singular)?

5ª) O que é pecado imperdoável? E qual é o significado desse pecado?

RESPOSTAS:

1ª) Transgressão e iniqüidade são dois termos do Antigo Testamento. Estas duas palavras revelam os dois aspectos do conceito de pecado no Antigo Testamento.

A transgressão é subjetiva, aponta para nossa ação e conduta;

A iniqüidade é objetiva, aponta para nossa condição diante de Deus;

No mundo cometemos transgressão, diante de Deus cometemos iniqüidade.

Sl. 32:5 Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.

Jr. 33:8 Purificá-los-ei de toda a sua iniqüidade com que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas iniqüidades com que pecaram e transgrediram contra mim.

Quando o homem peca, ele transgride a lei de Deus, ofende a Deus e aos Seus olhos cometeu iniquidade

A palavra hebraica para transgressão é PESHA, e para iniquidade é AVON.

Ex. 28:38 E estará sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade concernente às coisas santas que os filhos de Israel consagrarem em todas as ofertas de suas coisas santas; sempre estará sobre a testa de Arão, para que eles sejam aceitos perante o SENHOR.

Ex. 28:43 E estarão sobre Arão e sobre seus filhos, quando entrarem na tenda da congregação ou quando se chegarem ao altar para ministrar no santuário, para que não levem iniqüidade e morram; isto será estatuto perpétuo para ele e para sua posteridade depois dele.

Lv. 5:1 Quando alguém pecar nisto: tendo ouvido a voz da imprecação, sendo testemunha de um fato, por ter visto ou sabido e, contudo, não o revelar, levará a sua iniqüidade;

Lv. 5:17 E, se alguma pessoa pecar e fizer contra algum de todos os mandamentos do SENHOR aquilo que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo, será culpada e levará a sua iniqüidade.

A iniquidade é aquilo que é levado e redimido no santuário.

Por esta razão, quando Daniel fala de transgressão e pecados (9:24), ele diz extinguir e dar fim; mas quando fala de iniquidade no mesmo verso, ele diz fazer expiação por, mostrando, que a iniquidade é uma questão diante de Deus.

Dn. 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.

A transgressão é tão séria porque pode produzir a iniquidade.

Mas, graças a Deus, todos os problemas de nossa transgressão e iniquidade já foram resolvidos através da obra redentora de Cristo.

Is.53:5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

2ª) No Antigo Testamento não existe dintinção entre o pecado no singular e o pecado no plural. Somente o Novo Testamento expressa esta diferença, é uma diferença muito significativa.

O termo Grego é hamartia é usado, tanto no singular como no plural.

Sempre que a Bíblia se refere à conduta exterior do homem, tal como orgulho, inveja, mentira e assim por diante, a palavra pecado é usada no plural.

E a palavra pecado no singular é empregada de duas maneiras diferentes:

1º Indicando o pecado que reina interiomente, seu poder ou domínio; e

2º Como um termo coletivo, algumas vezes ele se refere ao problema total do pecado.

Deus nos perdoa dos pecados que nos cometemos na conduta exterior.

1 Jo. 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Mt. 1:21 Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.

Com respeito à natureza pecaminosa dentro de nós, que é o pecado, este não pode ser solucionado pelo perdão.

Rm. 5:12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.

3º O pecado no plural é solucionado pela morte de Cristo. Nos arrependendo e confessando os nossos pecados. Por meio do sangue de Jesus Cristo, somos totalmente purificados.

Hb. 10:4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.

Hb. 10:12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,

4º O pecado no singular, que é a natueza pecaminosa, é resolvido pela morte junto com Cristo.

É um considerar como morto. Se nos considerarmos como mortos para o pecado, nós não mais estaremos sob o domínio do pecado.

Rm. 6:11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

Rm. 6:6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

Aqui temos três pontos: 1º o corpo do pecado, 2º o velho homem, e 3º o pecado.

O corpo serve como testa de ferro, pois o que leva o corpo a pecar por meio do velho homem é o pecado. O pecado opera no corpo, de modo que este corpo é chamado de corpo do pecado. O velho homem fica entre o pecado e o corpo. Ele aceita a sugestão do pecado, por um lado, e conduz o corpo a pecar, por outro. O pecado tenta, o velho homem concorda e consequentemente o corpo age.

Porque não somos mais escravos do pecado? Porque o velho homem que manda o corpo pecar já está crucificado.

O pecado agora não tem condições de impelir o novo homem, porque o pecado nunca pode dirigir o novo homem.

E quanto à passagem em João 1:29.

Jo. 1:29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

O sentido aqui é que o Cordeiro de Deus resolveu todo o problema do pecado do mundo.

Na passagem de 1 Jo. 1:7

1 Jo. 1:7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

A verdade é esta: à medida que andamos na luz do evangelho como Deus está na luz da revelação, começamos a reconhecer que o sangue do Senhor Jesus já resolveu todo o nosso problema do pecado.

Para concluir precisamos ver que o livro de Romanos, que nos seus primeiros oitos capitulos tratam especificamente com a questão do pecado: A primeira divisão é de 1:1 a 5:11, que trata com o problema do pecado no plural. De 5:12 a 8:39, Temos a segunda divisão que trata com o problema do pecado no singular.

5ª O pecado imperdoável é a blasfêmia contra o Espirito Santo.

Mc. 3:29 Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.

Algumas vezes o diabo estenderá a verdade da Bíblia um pouco mais, a fim de atormentar as pessoas.

Hoje ninguém pode cometer tal pecado.

Mc. 3:28 Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem.

Mc. 3:29 Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.

Mc. 3:30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo.

O versículo 28, soa como música.

O que é a blasfêmia contra o Espirito Santo? É falar abertamente palavras de blasfêmia contra o Espirito Santo. Como sabemos que este pecado é algo que sai da boca?

Mc. 3:30 Isto, porque diziam: Está possesso de um espírito imundo.

Para cometerem este pecado as pessoas devem:

1º Ver o Senhor Jesus com seus olhos,

2º Testemunhar o Senhor fazendo milagres no meio delas,

3º Ter certeza de que isto é do Espírito Santo,e

4º Em face de tal convicção interior falar que isto é obra de demônios.